A Cidade do México promulgou uma nova lei de mobilidade urbana com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos seus mais de 20 milhões de habitantes (somando toda a região metropolitana).

O Departamento de Mobilidade, até então denominado Ministério dos Transportes e Rodovias (Setravi), vai emitir uma nova regulamentação do tráfego nos próximos 180 dias, a fim de promover uma nova cultura de segurança rodoviária e de convivência.

A ordem de prioridade estabelecida pela lei é: pedestres, ciclistas, usuários de transporte público, prestadores de transportes públicos, prestadores de serviços de transporte de mercadorias e usuários de transporte privado. A hierarquia prioriza políticas para pedestres e a ampliação do programa de bicicletas desde o planejamento até a distribuição de recursos e o desenvolvimento de políticas públicas.

A lei cria um Conselho Consultivo de Transportes e Segurança Rodoviária para “estimular a participação dos cidadãos no desenvolvimento, concepção e avaliação de atividades na área”. Para promover a utilização das bicicletas, a lei prevê a articulação de um Sistema Único de Transporte, tanto de bicicleta quanto de serviços.

Outra mudança importante é a consolidação de um órgão regulador para os diversos tipos de transporte de massa para que ocorra uma maior coesão entre os sistemas de transporte na cidade. O órgão deve começar a funcionar em janeiro de 2015, quando vai estabelecer normas de qualidade, segurança e pontualidade dos serviços de transporte.

A lei enfatiza também a capacidade de resistência a eventos climáticos extremos e ressalta que o sistema de mobilidade deve ser capaz de responder de forma rápida e eficiente em caso de interrupção.

Prêmio

A Cidade do México foi a vencedora do Prêmio 2013 de Transporte Sustentável, promovido pelo Institute for Transportation & Development Policy (ITDP). A premiação tem o objetivo de mostrar paisagens urbanas mais habitáveis e, consequentemente, um futuro urbano mais sustentável. A Cidade do México tem alcançado progressos consideráveis na última década após investir em políticas de mobilidade sustentável, como restrição do uso de carros particulares (Programa Hoy no Circula), expansão das linhas do metrô, adesão ao sistema BRT (com o apoio da Embarq México em parceria com o governo, criou-se um corredor de transito rápido em uma avenida que atravessa a cidade; com esse sistema as emissões foram reduzidas, a mobilidade melhorou e os tempos de viagem foram reduzidos), implantação do sistema de aluguel de bicicletas, das vias para pedestres e dos corredores de emissões zero (corredores de trólebus com um comprimento de 203,64 km, com conexão ao programa de bicicletas, e frota de 290 trólebus).

Fonte: EcoD