Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Cobrança de IR pode reduzir em até R$ 6 bilhões receita do setor de turismo

Alíquota deve derrubar em 26% o faturamento do segmento, já combalido pela queda da renda e pela alta do dólar, analisa assessor da FecomercioSP

Ajustar texto A+A-

Cobrança de IR pode reduzir em até R$ 6 bilhões receita do setor de turismo

Gastos dos brasileiros no exterior são os menores em cinco anos, com queda de 32% em 2015
(Reprodução/Free Images)

A decisão do governo federal de passar a cobrar a alíquota de 25% do Imposto de Renda sobre remessas feitas ao exterior para pagamentos de serviços deve impactar fortemente o setor de turismo. A nova taxa tem potencial para fazer o faturamento do setor recuar 26%, o que totalizaria um prejuízo em torno de R$ 6 bilhões apenas em 2016. Tratam-se de estimativas do setor, que foram comentadas pelo assessor econômico da FecomercioSP, Vitor França, em entrevista ao Jornal da GloboNews, exibido nesta terça, dia 26.

Segundo ele, a decisão da Receita Federal deteriora ainda mais os negócios das empresas do segmento. “Digamos que uma empresa pretende contratar um guia turístico lá no exterior para fazer um city tour. Antes, não havia custo. A partir de agora, vai pagar 25%. Para a agência de turismo, o pacote fica mais custoso”, diz França.

O especialista frisa que o segmento já opera com margem muito apertada. “O setor vem sofrendo crise com o dólar alto e a concorrência crescente do e-commerce.”

Como reflexo dessa conjuntura, os gastos dos brasileiros no exterior são os menores em cinco anos, com queda de 32% em 2015, segundo dados do Banco Central (BC). Ao longo do ano passado, as compras feitas nas viagens fora do País somaram US$ 17,35 bilhões, menor valor registrado desde 2010. Em 2014, a soma gasta em outros países alcançou US$ 25, 5 bilhões.

Os fatores que mais contribuíram para o recuo foram a alta do dólar (que acumulou 48% em 2015) e a queda do poder aquisitivo do brasileiro.

Fechar (X)