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Economia

Comércio paulista perde 17,6 mil empregos celetistas em janeiro

Serviços, na contramão do setor comercial, termina primeiro mês do ano com pequeno saldo positivo de 3,46 mil vagas

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Comércio paulista perde 17,6 mil empregos celetistas em janeiro
Varejo foi o que apresentou o pior desempenho, puxado por vestuário e hipermercados/supermercados (Arte: TUTU)

A força de trabalho formal do comércio paulista iniciou 2023 com menos 17,6 mil empregos, aponta a Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em janeiro, o setor contratou 105,6 mil pessoas em regime celetista, mas desligou outras 123,3 mil. O número vai na contramão dos serviços, que geraram um excedente de 3,64 mil vagas no período. A pesquisa, baseada nos dados do novo Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, destaca que faz quatro anos que o comércio paulista não conclui o mês de janeiro com saldo positivo.

Na perspectiva da FecomercioSP, os dados do comércio, ainda que negativos, são até melhores do que o esperado, já que o mês foi marcado por consumo familiar mais fraco, juros em alta e inflação razoavelmente persistente, assim como elevados patamares de endividamento e inadimplência.

A boa notícia é que a tendência é de estabilização nos números de fevereiro, até mesmo com projeção de um pequeno saldo positivo. Vale ressaltar que os dados de janeiro reforçam a perda verificada em dezembro de 2022, quando o comércio paulista apresentou recuou de 7.913 vagas. Na comparação com o primeiro mês do ano passado, apesar da manutenção de um cenário com mais desligamentos do que admissões, o saldo foi 24% mais ameno – na ocasião, 23.343 empregos celetistas foram fechados.

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Dentre as três divisões que formam o setor do comércio, o varejo foi o que apresentou o pior desempenho, ao fechar 18.728 vagas, puxado pelos segmentos de vestuário (-5.661 contratações) e hipermercados/supermercados (-5.579 empregos). O atacado encerrou o primeiro mês do ano com saldo positivo de 1.251 empregos, ao passo que a divisão de comércio e reparação de veículos apresentou estabilidade, com apenas 179 postos de trabalho a menos dentro do mês.

Serviços

Ainda segundo pesquisa da FecomercioSP, o setor de serviços no Estado de São Paulo começou 2023 com geração de postos de trabalho celetistas: foram 3.594 vagas, resultado de 311.511 admissões e 307.917 desligamentos. Atualmente, são 6,8 milhões de empregos ativos no setor.

O início do ano impulsionou o desempenho do setor de serviços educacionais, que gerou 6.270 empregos com carteira assinada. Por outro lado, serviços administrativos e complementares amargaram saldo negativo de 7.519 vagas. De acordo com a Federação, para os serviços, era esperada uma geração de emprego mais significativa em janeiro. No período, todas as divisões do segmento ficaram aquém em comparação ao mesmo mês do ano passado. A tendência é que o setor, em geral, tenha maior tração nos meses seguintes, mas com ritmo mais fraco que em 2022.

No Estado de São Paulo, o setor de serviços foi o principal responsável pela geração de emprego nos dois últimos anos, criando, sozinho, mais da metade do saldo positivo geral, no acumulado no período. Em 2023, percebe-se um setor que, além de impactado por uma conjunta econômica mais desafiadora, será influenciado pela finalização dos impactos positivos da reabertura pós-pandemia (e suas restrições), mesmo liderando a geração de vagas em São Paulo e no Brasil.

Acompanhe as diferentes pesquisas e análises setoriais realizadas pela FecomercioSP e tenha mais conhecimento do mercado.

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