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Imprensa

Comércio varejista na região de Osasco fecha 5.983 postos de trabalho em um ano e registra o pior desempenho do Estado

Segundo a FecomercioSP, região registrou recuo de 4,2% no estoque total, que atingiu 137.597 trabalhadores em fevereiro

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São Paulo, 05 de maio de 2016– Em fevereiro, o comércio varejista na região de Osasco fechou 1.843 postos de trabalho, resultado de 4.484 admissões contra 6.327 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 5.983 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo de 4,2% do estoque total, que atingiu 137.597 trabalhadores formais no mês. 

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). 

Das nove atividades analisadas, sete apresentaram queda na ocupação formal em fevereiro no comparativo com o mesmo mês de 2015. Os maiores recuos foram registrados nos segmentos de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-18,2%) e de lojas de móveis e decoração (-8,4%). Em contrapartida, o setor de farmácias e perfumarias foi o que apresentou maior crescimento (6,5%), seguido pelo segmento de supermercados (1,3%).

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Desempenho estadual
Em fevereiro, o comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 13.365 empregos com carteira assinada, resultado de 68.581 admissões e 81.946 desligamentos. Com isso, o estoque de trabalhadores do varejo paulista atingiu 2.096.588 no mês, o patamar mais baixo desde julho de 2012, quando estava em 2.082.953. Trata-se do pior desempenho para o mês de fevereiro desde 2007.

No saldo acumulado de março de 2015 a fevereiro deste ano, foram eliminados 60.527 postos de trabalho no comércio varejista paulista. Nessa base de comparação, desde 2007, é a primeira vez que se registra um saldo negativo. Entre março de 2014 e fevereiro de 2015, por exemplo, apesar do fraco desempenho das vendas, foram geradas 3.223 vagas. Nos dois primeiros meses deste ano, a diminuição do saldo já chega a 33.441 vagas.

Das nove atividades pesquisadas, sete apresentaram queda no estoque de empregos na comparação entre fevereiro deste ano e o mesmo mês de 2015. Os destaques negativos foram registrados naquelasde concessionárias de veículos (-8,8%) e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-7,1%). Apenas os segmentos de farmácia e perfumarias (2,6%) e supermercados (0,8%) apresentaram elevação nos estoques de funcionários.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o ritmo acelerado de fechamento de postos de trabalho observado nos dois primeiros meses de 2016 é impressionante, já que no ano passado mais de 60 mil empregos formais foram eliminados do varejo paulista. O nível de emprego está diretamente relacionado ao desempenho de vendas dos estabelecimentos comerciais e, neste ano, com inflação e juros altos, além de desemprego avançando, a Entidade aponta não haver perspectiva para recuperação do consumo, das vendas e, consequentemente, do emprego no varejo.

Em relação aos dados por ocupações, as funções que mais perderam vagas em fevereiro foram as de vendedores e demonstradores, com 5.282 postos de trabalho a menos. A segunda com maior redução foi a de caixas dos estabelecimentos, que viram seu mercado diminuir em1.885 vagas, seguido pelos escriturários contábeis e de finanças (-1.291 empregos).  

A Entidade reforça que o saldo negativo observado nos primeiros meses do ano não resulta apenas do desligamento dos temporários contratados para o fim de 2015, pois os poucos mais de 13 mil postos de trabalho criados no varejo paulista em novembro do ano passado foram praticamente dizimados já em dezembro (quando foram eliminadas 12.181 vagas). Os 33.441 empregos formais perdidos nos dois meses deste ano expressam o aprofundamento da crise no mercado de trabalho.

Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho e Previdência Social, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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