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Imprensa

Confiança do consumidor paulistano sobe pelo segundo mês consecutivo e registra a maior pontuação desde fevereiro de 2015

De acordo com a FecomercioSP, índice alcançou 110,7 pontos em dezembro, alta de 0,4% na comparação com novembro

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São Paulo, 26 de dezembro de 2016 - Em dezembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 110,7 pontos, alta de 0,4% em comparação ao mês anterior, quando registrou 110,3 pontos. Já na comparação anual, o acréscimo foi de 27%. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

De acordo com a assessoria econômica da Entidade, as avaliações dos consumidores com o momento atual melhoraram de forma expressiva na passagem de novembro para dezembro, registrando a sétima alta consecutiva. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos subíndices que compõem o indicador, avançou 20,8% ao passar de 60,1 em novembro para 72,6 pontos em dezembro. Em relação ao mesmo período de 2015, o índice assinalou alta de 25,3% - registrando, assim, a terceira alta consecutiva nessa base de comparação.

As expectativas em relação aos meses seguintes caíram. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o outro componente do ICC, retraiu 5,3% passando de 143,8 em novembro para 136,1 pontos em dezembro e, no comparativo interanual, registrou alta de 27,6%

Segundo a FecomercioSP, uma melhora da confiança no mês em que os consumidores recebem o 13º salário e esperam pelas comemorações de final de ano, é quase inevitável - o que foi observado mais claramente nas respostas sobre as percepções atuais. Entretanto, se não fosse o fator sazonal a influenciar as respostas, certamente o indicador teria caído este mês.

Para a Entidade, após atingir o maior patamar dos últimos três anos, o consumidor parece ter ajustado o seu otimismo em relação ao futuro. Ainda existe certa desconfiança sobre o atual cenário socioeconômico e político no País, e o consumidor já percebeu que o sentimento que "dias melhores virão" vai demorar um pouco mais para se concretizar. Fatores como o alto desemprego devem manter essa oscilação entre altas e baixas do indicador, sem fixar tendência.

Gênero e renda
No resultado apurado pelo ICEA os consumidores com renda familiar superior a 10 salários mínimos (SM) e com idade inferior a 35 anos foram determinantes para a alta mensal. O primeiro grupo registrou um avanço de 43,1% ao passar de 59,6 em novembro para 85,2 pontos em dezembro. O segundo assinalou alta de 25,9% passando de 62,6 em novembro para 78,9 pontos em dezembro.

Já a queda do IEC foi motivada, principalmente, pelo público feminino e aqueles consumidores com renda superior a 10 salários mínimos. O grupo feminino assinalou queda de 8,7% ao passar de 142,3 em novembro para 129,9 pontos em dezembro. E os consumidores com rendimentos acima de 10 SM registraram queda de 7,2% passando de 162,9 em novembro para 151,2 pontos em dezembro.

Metodologia
O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os resultados são segmentados por nível de renda, gênero e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central dos Estados Unidos.

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