Economia
12/01/2015Confiança do empresário do comércio cai 1,5% no mês de dezembro
Queda foi influenciada pela desaceleração do consumo, alta da inflação e a previsão de baixo crescimento

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (ICEC) somou 102 pontos em dezembro, queda de 1,5% em relação ao mês anterior, quando chegou aos 103,6 pontos. Na comparação anual, o recuo foi de 14,4%. O indicador, que varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total), é medido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Os três quesitos que compõem o indicador registraram queda de confiança. O índice que apura as Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) caiu 1%, ao passar de 68,6 pontos em novembro para 67,9 pontos em dezembro. A avaliação sobre as condições atuais da economia teve leve alta de 0,4%, ao passar de 50,6 pontos em novembro para 50,8 pontos em dezembro, enquanto as opiniões sobre o setor e a própria empresa recuaram 2,8% e 0,6% respectivamente.
Já o índice que mede as expectativas do empresário (IEEC) em relação aos próximos meses piorou 2,1%, em razão do menor otimismo em relação ao futuro da economia (-3,1%) e do setor (-2,1%). A confiança em relação ao futuro do próprio negócio também recuou 1,3%. As intenções de investimentos (IIEC) também caíram (1%), já que os empresários esperam contratar menos (-1,3%) e investir menos na empresa (-1,9%).
Na análise da FecomercioSP por porte, a confiança dos grandes empresários voltou a superar a dos pequenos, mas ainda estão muito abaixo do desempenho e não há projeção de retomada de crescimento. As empresas com mais de 50 empregados mostraram recuperação de 4,5%. Já as empresas de menor porte, com menos de 50 empregados, mantiveram o ritmo de queda com 1,7%.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o melhor desempenho das empresas de grande porte pode ser explicada pela sua maior capacidade de atrair consumidores, os quais receberam o 13º no mês de dezembro e pela base fraca de comparação já que foram as empresas de grande porte que registraram as maiores quedas na confiança ao longo de 2014.
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