Economia
09/12/2016Confiança dos empresários do varejo paulistano atinge maior patamar desde janeiro de 2015
Segundo a Entidade, índice que mede confiança dos varejistas registrou a sétima alta mensal consecutiva ao crescer 3,7% em novembro
Pelo sétimo mês consecutivo também, o ICEC registrou variações positivas nos seus três quesitos
(Arte/TUTU)
Em novembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou alta de 3,7% ao passar de 92,6 pontos em outubro para 96,1 pontos no mês - maior pontuação registrada desde janeiro de 2015 e o sétimo crescimento consecutivo. Em comparação a novembro do ano passado, o índice apontou alta de 32% quando o ICEC registrava 72,8 pontos. Com isso, o indicador já acumula cinco altas interanuais consecutivas e se aproxima dos 100 pontos, pontuação que delimita o sentimento de pessimismo e o otimismo dos empresários com relação ao nível de atividade em geral da economia.
Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
Segundo a Entidade, essa trajetória positiva do indicador consolida, mesmo que ainda de forma sutil, a avaliação de que existe uma reversão do ciclo recessivo. Embora o ritmo das vendas ainda esteja fraco e não se observe uma recuperação dos determinantes do consumo (renda e emprego), limitando a expansão do comércio, de acordo com a Entidade, há uma consistente recuperação nos níveis de confiança do consumidor nos últimos meses - pré-requisito para permitir a saída de um cenário de baixa intenção de consumo.
Na segmentação por porte, enquanto nas companhias com menos de 50 funcionários o ICEC cresceu 3,8% na comparação mensal atingindo os 96 pontos, nas grandes empresas, que empregam mais de 50 pessoas, o índice ficou praticamente estável (-0,1%), alcançando os 99,8 pontos. Porém, em relação a novembro de 2015, ambos os gru pos apresentaram expressivas altas de 32% e 36,2%, respectivamente.
Para a FecomercioSP, as grandes empresas mostram uma estagnação na margem neste mês, apesar do crescimento maior na comparação anual, e se mantêm um pouco mais confiantes do que as pequenas, porém ainda longe do diferencial percebido em tempos de crescimento econômico, como era observado ao longo da série histórica. A efetiva retomada da liderança na confiança pelas grandes empresas será mais um indicador a atestar a normalidade, porém ainda não se concretizou, apesar dos eventuais ensaios em alguns meses recentes.
Indicadores
Pelo sétimo mês consecutivo também, o ICEC registrou variações positivas nos seus três quesitos. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), um dos componentes do ICEC, atingiu 55,7 pontos em novembro, elevação de 5,9% na comparação com outubro - principal responsável pelo crescimento do ICEC. Na comparação com novembro de 2015, a elevação foi de 65,9%.
O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) registrou alta de 2,8%, passando dos 144,6 pontos em outubro para os 148,7 pontos. O IEEC ainda é o único subíndice do ICEC acima do patamar dos 100 pontos e demonstra que muito da alta da confiança do empresariado está relacionada à expectativa de dias melhores.
Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede a propensão dos empresários em realizar novos investimentos, registrou alta de 3,9% em novembro e atingiu 83,8 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2015 o aumento é 17%.
Para a FecomercioSP, os empresários se mostraram mais propensos para realizar novos investimentos e contratações, e mais confiantes quanto ao presente e futuro - as expectativas atingiram a maior pontuação em quase três anos. O espírito de recomeço e a sensação de que a economia tem mesmo condições de se recuperar em 2017 está cada vez mais evidente. Agora, próximo do final do ano, melhor época para o comércio, novamente a melhoria percebida ocorreu em quase todos os itens, principalmente para pequenas empresas.
A Entidade pondera que o momento ainda não é considerado amplamente favorável, como qualquer empresário ou consumidor pode constatar apenas andando pelas ruas comerciais, mas ainda que empresas e consumidores amarguem perdas e cortes de vagas, já é evidente a mudança de direção, com início da retomada de empregos, desaceleração da queda de produção (em alguns casos com a elevação da produção na margem) e com alguns dados efetivamente positivos do varejo que podem gradativamente se espalhar pelo setor e depois por toda economia ao longo de 2017/2018.
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