Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Editorial

Conselho do Comércio Externo aponta setor como um importante instrumento para o desenvolvimento do País

Reunião do Conselho da FecomercioSP recebeu Mario Marconini, diretor-presidente no Brasil da Teneo Strategy

Ajustar texto A+A-

Conselho do Comércio Externo aponta setor como um importante instrumento para o desenvolvimento do País

O Conselho do Comércio Externo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) realizou, em 4 de abril, a primeira reunião de 2016, cujos temas discutidos estão ligados à sustentabilidade do setor como instrumento para o desenvolvimento do País e para superação da crise econômica atual. 

Com uma nova proposta de trabalho, o Conselho, presidido por Euclides Carli, receberá autoridades e especialistas durante seus encontros que terão como pauta discussões estratégicas e propositivas para o segmento. 

Nesta semana foi a vez do executivo Mario Marconini, diretor-presidente no Brasil da Teneo Strategy, que falou sobre o atual momento econômico e político brasileiro e as possíveis saídas para a crise via comércio exterior. O executivo abordou, ainda, as mudanças no rumo da política econômica argentina promovidas pelo Governo Macri. Para Marconini, a Argentina é um parceiro comercial relevante e o Brasil deve aproveitar este momento de reformas para estreitar ainda mais o relacionamento com o país vizinho. 

Ele afirma que é preciso estabelecer novas estratégias no setor do comércio exterior, pois o mundo sofreu um processo de integração através de diversos acordos comerciais que resultaram na construção de cadeias globais de produção e o Brasil não está inserido neste contexto.  Segundo o especialista, “Nos últimos anos, o mundo iniciou esse movimento, porém não conseguimos participar e o Brasil está bastante atrasado”, afirmou. 

A primeira reunião técnica do Conselho também contou com a presença de Rubens Medrano, vice-presidente da FecomercioSP e coordenador da Câmara Brasileira de Comércio Exterior (CBCex) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em sua abordagem, Medrano informou que a criação da CBCex, incentivada e apoiada pela FecomercioSP e formada por representantes de diversas Federações Estaduais, terá fundamental papel nas discussões nacionais do segmento do comércio exterior brasileiro e, especialmente, os temas originados e sugeridos no âmbito do Conselho de Comércio Externo da FecomercioSP. 

Medrano ainda destacou que serão objeto de aprofundamento das discussões no âmbito da CBCex temas como: geração de novos negócios pelo setor de serviços; estreitamento da relação do setor privado com os Ministérios e órgãos anuentes que atuam no segmento; portal único do comércio exterior; maior interação com outras entidades representativas do setor; fortalecimento e acompanhamento de missões comerciais; capacitação de empresas para atuarem no comércio exterior; e outros.

Segundo os conselheiros, o cenário econômico atual é preocupante e uma possível recuperação só virá em 2018. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em março de 2016, as exportações brasileiras alcançaram quase US$ 16 bilhões, queda de 5,8% na comparação com março de 2015. Já as importações totalizaram US$ 11,6 bilhões, recuo de 30% sobre março do ano passado. O saldo comercial apresentou superávit de US$ 4,4 bilhões tornando-se o melhor março da série histórica, iniciada em 1989.  

De acordo com a assessoria econômica da Federação, os recentes resultados positivos da balança comercial não podem ser encarados com otimismo. São   consequência do desalento da economia, já que tanto as exportações quanto as importações apresentaram queda. Os participantes concluíram que o País necessita rever a política comercial externa, que prioriza blocos econômicos pouco promissores e orientados por conotações ideológicas, para ações mais amplas e integradas no campo dos tratados bilaterais com economias em desenvolvimento e desenvolvidas.  Ou seja, analisar o comércio exterior como sendo um setor estratégico para o desenvolvimento do País.

Fechar (X)