Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Consumidor inicia 2016 pessimista, aponta pesquisa da FecomercioSP

Mesmo com leve alta mensal de 2,1% em janeiro, indicador mostra que o cenário econômico ainda aflige os paulistanos

Ajustar texto A+A-

Consumidor inicia 2016 pessimista, aponta pesquisa da FecomercioSP

É preciso levar em consideração que o consumidor está diante de um ambiente econômico cada vez mais desfavorável
(Arte TUTU)

Em janeiro deste ano, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 89 pontos, com alta de 2,1% se comparado ao mês anterior, quando registrou 87,2 pontos. Já na comparação anual, a queda foi acentuada (-21%). A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

O avanço apontado neste mês, segundo economistas da Entidade, foi influenciado pelo Índice das Expectativas do Consumidor (IEC), um dos indicadores que compõem a pesquisa. De acordo com o IEC, a melhora das expectativas dos consumidores em relação ao futuro resultou no aumento de 3,5% do indicador, que passou de 106,6 pontos em dezembro para 110,3 pontos em janeiro. Se comparado ao mesmo período do ano passado, porém, houve recuo de 3,2%.

Por outro lado, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), outro componente do ICC, mostrou que o cenário presente ainda aflige os consumidores paulistanos ao registrar queda mensal de 1,5%, passando de 57,9 em dezembro para 57,1 pontos em janeiro. Contudo, a maior retração observada foi na comparação anual: -48,4%.

De acordo com a Federação, embora as expectativas estejam um pouco mais otimistas em janeiro na comparação com o mês anterior, é preciso levar em consideração que o consumidor está diante de um ambiente econômico cada vez mais desfavorável, o que faz piorar sua avaliação do momento atual. O crescimento inexpressivo da renda, em razão, sobretudo, do processo inflacionário, e a insegurança com relação ao emprego geram, de certa forma, perspectivas mais animadoras para os próximos meses, uma vez que o presente mostra-se bastante desanimador.

Gênero e renda

Em uma análise segmentada do ICEA, os consumidores das classes mais altas, com renda superior a dez salários-mínimos (S.M.), apresentaram a maior queda no índice (8,1%), que passou de 66,2 pontos em dezembro de 2015 para 60,8 pontos em janeiro de 2016.

Já os consumidores com faixas salariais mais baixas, inferiores a dez salários-mínimos, registraram alta de 2,3% do ICC - de 54,1 pontos no mês passado para 55,3 pontos neste mês.

Com relação às expectativas futuras, as mulheres se mostraram mais otimistas. Como apontado no IEC, o crescimento foi de 9%, ao passar de 100,7 pontos em dezembro para 109,7 pontos em janeiro. Os consumidores com renda até dez salários-mínimos também demonstraram mais confiança para os próximos meses, com alta de 5,7% do IEC sobre o mês passado. O indicador passou de 104,7 para 110,6 pontos neste mês.

Fechar (X)