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Economia

Crescente intenção de consumo das famílias deve beneficiar a venda de bens duráveis

Após quase quatro anos, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fica acima dos 100 pontos e volta ao patamar de satisfação

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Crescente intenção de consumo das famílias deve beneficiar a venda de bens duráveis

Resultado de janeiro indica que as famílias paulistanas, em sua maioria, estão satisfeitas com as suas condições econômicas
(Arte: TUTU)

A redução na inadimplência abriu espaço para novos consumos das famílias paulistanas em janeiro. Essa postura deve beneficiar a venda de bens duráveis, segundo estima a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido mensalmente pela Entidade, voltou a ficar na área de satisfação das condições econômica das famílias ao atingir 101 pontos, alta de 6,5% em relação a dezembro. A última vez que o ICF ficou acima dos 100 pontos foi em abril de 2015 (100,1 pontos). Em comparação ao mesmo mês do ano passado, o índice atual está 5,4% maior.

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Todos os itens avaliados pelo ICF registraram aumento da pontuação em relação a dezembro. O destaque do mês, em termos de pontos, ficou por conta do item Perspectiva de consumo, que cresceu 7,6%, ao passar para 108,6 pontos. Esse resultado – o maior desde abril de 2014 e 8,7 pontos porcentuais superior a janeiro do ano passado – indica que, no momento, 39,4% dos paulistanos acreditam que os gastos de suas famílias e da população em geral devem subir nos próximos meses.

O item Nível de consumo atual – que mensura a intenção de consumo no curto prazo – cresceu 9,9% e atingiu os 68,8 pontos, maior valor desde abril de 2015. Agora, 48,8% dos entrevistados afirmam gastar menos do que há um ano. Apesar do aumento, este porcentual era superior em janeiro de 2018 (54,2%).

O pagamento do décimo terceiro salário somada a inflação controlada fizeram o item Renda atual ter elevação de 6,6%. O indicador atingiu 107,7 pontos em janeiro, maior patamar desde abril de 2015. No mês, 37% responderam que a renda familiar está melhor em relação ao mesmo período do ano passado, 5,5 pontos porcentuais acima do registrado em janeiro de 2018.

Além da injeção do décimo terceiro salário na economia, o resultado do mês é um reflexo dos eventos de fim de ano, como Black Friday, compras de Natal, oportunidades de liquidações, melhora relativa no mercado de trabalho, inflação controlada e maior confiança de consumidores e dos empresários pós-eleição.

Crédito
O item Acesso a crédito chegou aos 97,1 pontos, alta de 6,3% na comparação mensal e 6,4% no contraponto anual. Apesar de ainda estar na área de insatisfação, ou seja, abaixo dos 100 pontos, 36,3% responderam que está mais difícil conseguir empréstimo para comprar a prazo. Há um ano, esse indicador estava em 41,3%.

A facilidade para obter crédito reflete diretamente na intenção de compra de bens como geladeira, fogão e televisores. Com isso, o item Momento para duráveis cresceu 9,7% e atingiu 77 pontos, mais alto patamar desde abril de 2015. Mesmo assim, 58,6% das famílias pesquisadas afirma que este é mau momento para comprar bens duráveis.

Emprego e análise por faixa de renda
Os dois itens relacionados ao emprego foram bem avaliados pelo ICF. O item Emprego atual apontou alta de 5% e atingiu os 120,4 pontos, maior patamar desde abril de 2015. O item Perspectiva profissional cresceu 3,6% na comparação mensal e registrou 127,5 pontos, o mais alto desde abril de 2014.

Entre os pesquisados, 38,2% disseram estar seguros nos cargos atuais e 60,2% estimam que o responsável pelo domicílio terá uma melhoria profissional dos próximos seis meses. Há um ano, essas variações eram 31,6% e 52,2%, respectivamente.

Na análise por faixa de renda, o índice das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos permaneceu na área de insatisfação, com 97,5 pontos. O índice do grupo das famílias que ganham acima de dez salários mínimos subiu 8%, ao registrar 111,3 pontos em janeiro.

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