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Economia

Desemprego e endividamento são os principais motivos para não presentear no Dia das Mães, aponta FecomercioSP

Segundo dados da Entidade, entre os consumidores que não pretendem presentear na segunda melhor data do varejo, 13,3% afirmam estar desempregados e 51,8% estão sem condições financeiras ou endividados

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Desemprego e endividamento são os principais motivos para não presentear no Dia das Mães, aponta FecomercioSP

Itens mais procurados devem ser Vestuário, Calçados e Acessórios (41,2%) e Perfumes e Cosméticos (20,9%)
(Arte/TUTU)

A situação econômica cada vez mais crítica tem feito até os filhos pensarem um pouco mais antes de ir às compras para o Dia das Mães. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apenas 58,6% dos consumidores pretendem presentear as mamães, valor praticamente igual ao do ano passado (58,5%), mas inferior à média histórica de 64%. A sondagem foi realizada no dia 30 de abril, com 1.126 entrevistados na capital paulista. 

Apesar de a proporção ser maior para os que têm a intenção de consumir, o que chama a atenção são os motivos que levam os que não pretendem dar presentes a deixar as compras de lado: 13,3% disseram que estão desempregados, ante 4,1% que alegaram o mesmo motivo no ano passado, ou seja, um número três vezes maior. Já os que disseram estar sem condições financeiras ou endividados passaram de 38,6% em 2015 para os 51,8% atuais. 

Já o valor médio que deve ser gasto com presentes subiu de R$ 166 para R$ 169 este ano, mas, segundo a FecomercioSP, como os preços subiram 10% em média no período, houve uma queda real de 8% no valor médio do presente. 

Os itens mais procurados pelos filhos devem ser Vestuário, Calçados e Acessórios (41,2%) e Perfumes e Cosméticos (20,9%). Ainda de acordo com a Entidade, reflexo da deterioração econômica, produtos como eletrodomésticos (5,3%) e celulares (3,8%) são cada vez menos procurados. 

Coincidentemente, os produtos mais desejados pelas mães para este ano também são Vestuário, Calçados e Acessórios (25,4%) e Perfumes e Cosméticos (18%), embora itens como celulares (11,7%), eletrodomésticos (11,1%) e Aparelho de TV e Som (6,9%) estejam na lista de algumas. 

Tempos difíceis

A sondagem mostra ainda que o desemprego em alta, a inflação corroendo o orçamento e poucas perspectivas de melhoria no curto prazo impõem um grau de racionalidade muito maior aos consumidores e 73,3% dos entrevistados alegaram que a situação em 2016 para comprar presentes está pior que no ano passado (52,2%). 

Com isso, o consumidor quer evitar contrair dívidas e 96,4% dos entrevistados não estão dispostos a recorrer a financiamentos ou empréstimos para comprar presentes na data. Cresceu, assim, a proporção daqueles que pretendem pagar o presente à vista: 77% do total usarão dinheiro, cheque ou cartão de débito, contra 76,3% no ano passado. O cartão de crédito será o segundo meio mais utilizado (21,4%), e os que vão optar pelo parcelamento e recorrerão a carnês e boletos totalizaram 0,8%. 

Queda de 10%

A exemplo dos consumidores, os empresários também estão pessimistas em relação ao Dia das Mães e estimam para a data queda nas vendas de 10% na comparação com o ano passado - o pior resultado desde 2011. O dado faz parte da sondagem realizada com 100 lojistas da capital paulista entre os dias 2 e 3 de maio pela FecomercioSP. 

Já em relação à forma de pagamento, os empresários acreditam que 62% dos pagamentos serão realizados por meio de cartão de crédito. Entre os entrevistados, 32% investiram em ação publicitária para a data e 40% evidenciam que os estoques, em relação ao ano passado, estão menores, o que mostra a racionalidade dos varejistas diante do momento atual. Apenas um em cada 20 empresários pretende contratar temporários e, entre os que contratam, somente um em cada quatro tem intenção de efetivar a contratação.

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