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Economia

EconoMix Digital nº 105

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EconoMix Digital nº 105

E-COMMERCE
Consumidor digital


Comércio eletrônico é uma ferramenta poderosa para aumentar vendas
Mas para aproveitar esse nicho, o empresário deve entender o comportamento do consumidor digital

Comprar pela internet já é parte do cotidiano de milhões de brasileiros. Cada vez mais interessados em novidades, o consumidor aguarda ansioso para conhecer e experimentar sites inovadores, que ofereçam situações interessantes, confortáveis, com ofertas e preços diferenciados. Nesse contexto, o comércio eletrônico tem se afirmado como uma ferramenta poderosa para o aumento do faturamento das empresas. 

Estimativas da E-bit, empresa referência no fornecimento de informações sobre e-commerce nacional, apontam que o comércio eletrônico movimentou R$ 28,8 bilhões em 2013, um crescimento nominal de 28% em relação a 2012, quando o faturamento chegou a R$ 22,5 bilhões. Conhecer as características do consumidor virtual e saber atender as demandas desse público são fundamentais. 

Veja, abaixo, uma série de dicas sobre o comportamento do consumidor digital e que podem ajudar o empresário a conquistar e manter os clientes:

- o consumidor, hoje, pesquisa informações sobre o produto na internet antes de tomar qualquer decisão. Seu principal aliado e conselheiro para tomar praticamente todas as decisões certas são os sites de busca que além de informações sobre o produto trazem a experiência de outros consumidores;

- não é fiel e vai para onde a oferta for mais atrativa. Estratégias de fidelização podem não segurar o consumidor se houver preço mais baixo em outro site;

- é extremamente exigente e se sentir incômodo em qualquer parte do processo de compra, torna-se um perigo, pois denunciar uma possível falha pela internet será muito fácil e rápido. Esse tipo de comportamento pode gerar  um efeito multiplicador e afetar seriamente a credibilidade da empresa e do produto. O pior é que, mesmo no caso da empresa se retratar, a reclamação ficará registrada;

- gosta de receber o produto em casa, mas fica atento a atrasos ou equívocos e logo se manifesta se houver problema, mesmo que não afete o produto;

- em geral o consumidor é jovem, uma vez que as faixas de idade mais avançada não utilizam tanto os meios eletrônicos e preferem os meios tradicionais de compra em lojas físicas;

- a integração das várias plataformas digitais permitiu a ampliação do público consumidor “multitela”, ou seja, o que usa ao menos duas telas - notebook, celular, tablet e TV - simultaneamente. Essa tendência é crescente e obriga as empresas a pensar numa comunicação integrada para web, mobile e smartTV;

- o consumidor digital pode ser/estar em qualquer lugar, o que exige cuidado na definição do mix de produtos a serem oferecidos diante das diferenças sociais, culturais e regionais.

CRÉDITO
Risco presente


Fuja do rotativo no cartão de crédito 
Taxa de juros nesta linha de crédito é a maior de todo o mercado


O cartão de crédito ou o dinheiro de plástico como também é conhecido, é um meio de pagamento prático e seguro e por isso se tornou muito popular na última década, principalmente pela “bancarização” da população. Em 2013, foram feitas quase 4,5 bilhões de transações girando um montante de R$ 537 bilhões, crescimento anual de 11,7% e 15,5%, respectivamente. Apesar da forte expansão no uso desta forma de pagamento, dados recentes comprovam  que muitas famílias ainda não utilizam a modalidade de maneira consciente e planejada. 

E esse é o grande risco no uso do cartão porque a taxa de juros nesta linha de crédito é a maior de todo o mercado. O juro anual cobrado no cartão de crédito é pouco menor que 240%, muito acima da segunda maior taxa que é o do cheque especial com 160% ao ano. Como exemplo, se um usuário não pagar uma fatura no valor de mil reais, ao final de 12 meses, além dos mil reais o usuário terá um débito de mais R$ 2,4 mil, ou seja, em um ano estará devendo 3,4 vezes o valor original. 

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da FecomercioSP, de julho, aponta que das 50% das famílias paulistanas endividadas, cerca de 70% têm dívida no cartão de crédito. E destas, 30% estão em  atraso, ou seja, não efetuaram o pagamento da fatura no dia do vencimento e entraram no rotativo. Este percentual é similar ao divulgado pelo Banco Central que registrou em junho, 32,6% no rotativo. 

Apesar dos juros elevados e das informações disponíveis ao consumidor, os dados registrados nas pesquisas apontam para um cenário de inadimplência permanente e  de alto porcentual. Portanto, pode-se inferir que há um descuido no uso do cartão de crédito e uma falta de planejamento com os gastos. Para contribuir na melhora deste cenário, seguem algumas dicas básicas de como evitar o rotativo no uso do cartão de crédito e, se entrar, como proceder para sair dele:

- pela internet, verifique com frequência a fatura parcial para saber se até a data de fechamento é possível fazer mais algum gasto;

- se existe um descontrole frequente nas compras com o cartão, evite possuir vários cartões e concentre os gastos em um só para ter maior controle;

- o parcelamento pode estimular o consumo sob a ótica errada que se está pagando pouco, cuidado;

- não pague a fatura de um cartão com outro cartão, esse descontrole, como uma bola de neve, deixará a dívida cada vez maior;

- caso tenha entrado no rotativo do cartão e não tenha condições de quitar a fatura, vá ao banco e negocie com o gerente da conta um crédito pessoal que tem um juro muito inferior, na média do mercado de 3,45% ao mês ou 50,2% ao ano. Desta forma há uma troca de uma dívida mais cara por uma mais barata;

- se o valor devido for muito além do orçamento, ou seja, se a dívida descontrolar as finanças da família é recomendável expor problema a todos os membros da família, para que estes possam ajudar na redução de gastos supérfluos e aumentar a reserva para posterior quitação da dívida.


VAREJO
Preço final
 

Formação de preço: a ótica da demanda e a ótica da concorrência
Atualmente, é preciso adotar critérios rigorosos de custeio, que reproduzam os custos reais envolvidos no processo


Estabelecer parâmetros para o cálculo do preço do produto é um dos principais desafios do empresário do comércio varejista, principalmente em mercados com um grande número de concorrentes. A formação do preço de venda é fundamental, pois o preço final influência a tomada de decisão do cliente, com a consequente realização da compra. Mas muitas empresas, principalmente as pequenas e médias, desprezam os princípios de custeio e continuam fixando preços de forma simples, adicionando um percentual convencionado sobre o custo de entrada do produto. 

Essa prática negativa é um resquício dos períodos hiperinflacionários, aos quais a economia brasileira ficou condicionada durante muitos anos. Atualmente, com a estabilidade econômica do país, é preciso adotar critérios rigorosos de custeio, que reproduzam os custos reais envolvidos no processo. As empresas precisam ter certeza de que estão oferecendo a melhor oferta sem perder a lucratividade. Para ajudar na formação de preços, especialmente nas pequenas e médias, que não conseguem manter um departamento especifico nesta área, detalhamos abaixo os principais pontos deste processo.


ÓTICA FORMAÇÃO DE PREÇO
Dentre os meios para a Formação de Preço de um produto destacamos três óticas: demanda, concorrência e custos.

- ÓTICA DA DEMANDA
A ótica da Demanda representa a procura por bens e serviços, ou seja, o montante em que o consumidor estaria disposto a gastar. Neste ponto é importante conhecer a elasticidade do produto, que representa o quanto o consumidor estaria disposto a adquirir um determinado bem ou serviço em relação à mudança de preços do produto. Assim temos os produtos elásticos ou inelásticos.

No primeiro caso, um produto elástico, significa dizer que um aumento de preço provoca redução da receita, pois ocorre maior retração de demanda, como por exemplo: eletrodomésticos e vestuário.

Já no segundo caso, um produto inelástico, o aumento de preços provoca aumento da receita, pois a retração da demanda é menor, por exemplo: combustível, gás, produtos de primeira necessidade.

O grau da elasticidade do produto depende da existência de produtos substitutos, do tipo de utilização do produto, do peso que este representa no orçamento dos consumidores, entre outros fatores.


- ÓTICA DA CONCORRÊNCIA
Outra forma de definir o preço é por meio de um levantamento dos preços de seus concorrentes. Nessa situação é possível formatar o preço, desde que os produtos sejam idênticos e de porte semelhante. Quando não há diferenciação do produto, o preço torna-se um indicador de qualidade.

Com base na média de preços dos concorrentes, juntamente com a apuração dos custos envolvidos no processo, o empresário pode fixar o valor de seus produtos.

Observa-se que produtos diferenciados podem apresentar preços diferentes, e neste caso, se o consumidor percebe um diferencial em relação a outros produtos, que justifique o acréscimo, o preço se justifica. Em caso contrário, se isto não ocorre, o consumidor fica em dúvida em adquirir o produto.

Neste ponto, deve-se considerar o posicionamento do produto na mente do consumidor, onde as reações a preços altos podem ser de sentimento de estar sendo explorado, ou considerar-se com certo privilégio de estar adquirindo um produto diferenciado.

Ao utilizar a ótica da concorrência para estabelecer o seu preço, o empresário pode estar subestimando seus custos, o que poderá representar no longo prazo redução da margem de lucro da empresa, prejudicando a continuidade dos negócios.

- ÓTICA DOS CUSTOS
Entre as três óticas: demanda, concorrência e custos, a última é que apresenta maior confiabilidade na formação de preço, sendo utilizado por grande parte da empresas.

Porém, a formação do preço de venda pela ótica dos custos apresenta um maior grau de dificuldade. Diante disso, nas próximas duas edições do EconoMix Digital será apresentada de forma prática e detalhada a Formação de Preço pela ótica dos custos.



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