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Negócios

Educação é uma das armas mais poderosas no combate ao cyberbullying, diz especialista

Tito de Morais é fundador do projeto “MiudosSegurosNa.Net” e um dos palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que será realizado em 5 de maio

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Educação é uma das armas mais poderosas no combate ao cyberbullying, diz especialista

Por Alessandra Jarussi

Quando a ofensa e a agressão saem dos limites da escola e chegam à Internet podem tomar dimensões extraordinárias, pela possibilidade de seu conteúdo atingir um número muito maior de pessoas e também pela possibilidade de republicação desse conteúdo. Para combater o cyberbullying, punições aos responsáveis e a retirada dos posts (ou páginas) do ar não são suficientes. A educação é uma das armas mais poderosas para isso. A opinião é de Tito de Morais, fundador do projeto “MiudosSegurosNa.Net”, que tem como objetivo auxiliar famílias, escolas e comunidades a promover a utilização responsável e segura das novas tecnologias de informação e comunicação por crianças e jovens. Ele é um dos palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que será realizado no dia 5 de maio.

“Por exemplo, por mais pesadas que sejam as multas, sempre haverá motoristas que não respeitarão a sinalização de trânsito. As abordagens legais ajudam e são necessárias, mas só por si não resolvem. Temos de pensar na segurança online de crianças e jovens como uma cadeira, com cada uma das quatro pernas correspondendo a um tipo diferente de abordagem. As abordagens legais devem ser acompanhadas de abordagens educativas, parentais e tecnológicas. A segurança online de crianças e jovens tem de ser abordada de uma forma holística, caso contrário estaremos fadados ao fracasso”, avalia Tito de Morais.

“Os pais não podem se limitar a ser família off-line. A família deve acompanhar a atividade dos filhos na Internet o mais que puderem, mas não numa perspectiva de controle ou monitorização, salvo em alguns casos especiais e particulares. Além disso, controlar tudo o que os filhos postam na Internet é impossível. Veja o Facebook, por exemplo. Se um dos meus filhos quiser, faz publicações excluindo-me da visualização das mesmas. Eu só saberei depois, se me disserem ou se eu tiver acesso à senha dele”, acrescenta.

O especialista comentou o caso ocorrido no Rio Grande do Sul, no final de março deste ano, em que o pai de um adolescente foi condenado a indenizar uma mulher em R$ 5 mil. O motivo foi o comentário do garoto – “ela vale R$ 1,99 - fica com todo mundo” – em foto da vítima publicada no Facebook. O adolescente também foi condenado a cumprir quatro dias de serviço comunitário.

“Além da responsabilidade civil dos pais pelos atos ilícitos cometidos pelos filhos menores, sou da opinião que o menor também deverá ser responsabilizado, nomeadamente através de penas no âmbito do trabalho comunitário, como no caso citado. É importante ressaltar que, a partir da pré-adolescência e adolescência, os filhos vão se tornando autônomos, e o meio que os rodeia vai assumindo uma importância maior que os pais. Isso faz com que, por vezes, as crianças e jovens tenham condutas que não se coadunam com os valores segundo os quais foram educados. Daí, a importância de os pais fazerem seu trabalho de impregnação de valores na infância porque, na adolescência, já não têm a mesma influência sobre os filhos”, conclui.

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