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Economia

Eficiência logística, concorrência e promoções ajudam PMEs a exportar

Evento patrocinado pela UPS e organizado pela Fecomercio Internacional teve apresentação de estudo que detalhou cases de sucesso e esclareceu dúvidas aos empresários que querem iniciar vendas para o exterior

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Eficiência logística, concorrência e promoções ajudam PMEs a exportar

Três atividades constituem a espinha dorsal das pequenas e médias empresas (PMEs) que obtiveram sucesso ao exportarem seus produtos para outros mercados. São eles: a eficiência logística, a atenção especial dada à concorrência comercial e o bom uso de mecanismos promocionais. Essa foi a conclusão de um estudo que analisou as 40 principais pequenas e médias empresas da América Latina e detalhou as melhores práticas do segmento para exportação.
 
O levantamento The UPS Business Monitor Export Index Latin America, encomendado pela UPS e conduzido por RGX Global Export Network, foi apresentado no seminário internacional “O segredo do sucesso das pequenas e médias empresas líderes em exportação”, patrocinado pela UPS e organizado pela Fecomercio Internacional, realizado nesta quarta-feira (19), na sede da FecomercioSP, região central de São Paulo. Carlos Alberto D’Ambrosio, vice-presidente da FecomercioSP, destacou que “as empresas que desejam crescer precisam ultrapassar fronteiras e ter uma visão mais ampla do negócio”. A exportação é um dos caminhos para esse objetivo.

Foram detalhados na pesquisa os fatores que contribuem para o sucesso de pequenas e médias empresas brasileiras na exportação de produtos para mercados estrangeiros, que vão desde possuir uma estrutura dedicada à exportação até a escolha da logística mais adequada para cada caso, passando pelo estímulo à inovação e pela realização de pesquisas de mercado. A atenção dedicada aos canais de distribuição e à promoção internacional, além da obtenção de financiamentos (públicos e privados) são outros elementos importantes. Participaram empresas do Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá, Peru e República Dominicana.
 
“Metade dessas empresas são do setor de alimentos e bebidas, porque é uma características da América Latina a maior tendência desse setor conseguir exportar. Mas as outras 20 são de outros setores, como jóias e bijuterias, cosméticos, fertilizantes, construção, equipamentos médicos, editora e artesanato. A diversidade de atividades é interessante e mostra as particularidades das empresas da região”, comentou o consultor internacional da RGX Luiz Carlos Barboza, que apresentou o estudo.
                                       
Dados levantados pela pesquisa mostram que a participação do Brasil no que é exportado no mundo inteiro tem girado em torno de 1%. Contudo, esse índice tem crescido de forma constante. Em 2004, o percentual era 1,08%. 2011 foi o ápice, atingindo 1,43%. O último dado, de 2013, registrou um índice menor, de 1,27%. “Existem fatores de competitividade que estão determinando essa quebra de sequência e são fatores importantes que precisam ser ajustados, por meio de políticas públicas que melhorem a competitividade na indústria, nos serviços etc”, disse Barboza.
 
Ainda de acordo com o estudo, a participação das exportações brasileiras sobre o PIB passou de 14,56% em 2004 para 10,58% no ano passado. Segundo o consultor, o ideal seria que percentual fosse de 20%. A maior parte das exportações brasileiras se destina à Ásia (32%), seguido por América Latina e Caribe (22%) e União Europeia (19%).
 
As micro e pequenas correspondem a 43% das empresas exportadoras brasileiras, enquanto as médias representam 25%. A importância da participação dessa parcela empresarial nas exportações brasileiras foi destacada pelo embaixador e chefe do escritório de representação do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo, Fernando Mello Barreto. “São as PMEs que podem fazer a diferença nas nossas exportações. Antes víamos que as PMEs norte-americanas eram as que mais nos procuravam para exportar para o Brasil, porque elas não conheciam os modelos de negócios daqui. Podemos auxiliar no caminho inverso, contribuindo na aproximação das PMEs brasileiras a ter negócios em outros países”, disse. Segundo ele, o principal auxílio governamental e de entidades como a FecomercioSP se dá no entendimento de como funcionam os mercados externos, entendendo as tradições, costumes e burocracias dos outros locais, além de promover a aproximação entre as empresas brasileiras e as estrangeiras.

Saiba mais sobre o evento aqui.

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