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Editorial

Em setembro, estoque de trabalhadores do varejo de Presidente Prudente recua, mas representa o segundo melhor desempenho estadual

Segundo a Entidade, 688 empregos com carteira assinada foram eliminados no varejo da região nos últimos 12 meses

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São Paulo, XX de dezembro de 2016– Em setembro, o comércio varejista na região de Presidente Prudente criou 15 postos de trabalho, resultado de 1.221 admissões contra 1.206 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram eliminados 688 empregos com carteira assinada. O varejo encerrou o mês com 38.666 trabalhadores formais, retração de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015 e que representa o segundo melhor desempenho entre as 16 regiões paulistas analisadas. 

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). 

Entre as nove atividades analisadas, sete apresentaram queda na ocupação formal em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram os segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,4%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-4,7%) e de lojas de móveis e decoração (-4,1%). Os setores de supermercados (0,7%) e de farmácias e perfumarias foram os únicos a registrar desempenho positivo na mesma base de comparação. 

 pesp_setembro_-_2016_-_presidente_prudente 

Desempenho estadual

Interrompendo dois meses consecutivos de geração de empregos, o comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a eliminar postos de trabalho em setembro. No mês, foram extintos 2.004 empregos, resultado de 68.604 admissões e 70.608 desligamentos. Ainda assim, observa-se em setembro, saldo negativo 75% mais ameno em relação à perda do mesmo mês de 2015, quando foram perdidos7.968 postos com carteira assinada. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.069.059 no mês, redução de 2,8% na comparação com setembro de 2016.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, os saldos positivos de empregos registrados nos meses de julho e agosto foram motivados mais pela redução no número de desligamentos do que pelo aumento das admissões. Seja por um quadro de menores incertezas, que aos poucos diminui o pessimismo dos empregadores - ou por uma questão sazonal devido à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em agosto – observa-se uma tendência menor de desligamentos, agora mais próxima às admissões. Por isso, essa tendência de saldos pequenos, sejam eles positivos ou negativos, só deve ser alterada em novembro e dezembro devido à sazonalidade do Natal.

Sete das nove atividades pesquisadas apresentaram queda no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015, sendo os piores desempenhos registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-6,8%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,7%) e lojas de móveis e decoração (-6,6%). Em contrapartida, apenas as atividades de farmácias e perfumarias (2,1%) e supermercados (0,4%) geraram empregos na mesma base de comparação.

Com relação aos dados por ocupações, todas as funções eliminaram vagas no mês, com destaque para gerentes de produção e operadores, que viram sua categoria encolher em -527 postos de trabalho, seguidos pelos vendedores e demonstradores (-509 vagas). Em 12 meses, o cargo que mais perdeu vagas foi o de vendedores e demonstradores (-11.273 vagas). O segundo maior saldo negativo de vagas é o de escriturários, com - 6.562 postos de trabalho.

Segundo a FecomercioSP, para outubro é esperado outro pequeno saldo de empregos formais, com vertente mais positiva. Para novembro, devido à contratação de temporários, o saldo deverá ser positivo e sensivelmente superior ao registrado em 2015. A expectativa da Federação é de que aproximadamente 20 mil empregos temporários serão gerados pelo varejo do Estado de São Paulo. De toda forma, o crescimento mais sustentado do emprego no comércio varejista nos próximos meses dependerá de uma melhoria efetiva das variáveis renda dos consumidores, juros e continuidade do crescimento dos indicadores de confiança dos agentes. 

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; matérias de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercado e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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