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Imprensa

Endividamento atinge 56,3% das famílias paulistanas em dezembro, aponta FecomercioSP

Segundo pesquisa da Entidade, embora a taxa de endividamento tenha caído na comparação mensal, ela está 4,4 pontos porcentuais acima do que foi visto em dezembro de 2016

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São Paulo, 15 de janeiro de 2018 - A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mostrou que, em dezembro, 56,3% das famílias paulistanas declararam ter algum tipo de dívida. Houve ligeira queda, de 0,4 ponto porcentual em relação a novembro, quando 56,7% estavam nessa situação. Em comparação a dezembro de 2016 (51,9%), a alta foi de 4,4 pontos porcentuais, o que representa, em termos absolutos, um adicional de quase 200 mil famílias compromissadas com dívidas. Atualmente, são 2,19 milhões de famílias endividadas em São Paulo.

A pesquisa mostra ainda que houve redução do endividamento em todas as faixas de renda. A parcela de famílias endividadas com renda abaixo de dez salários mínimos ficou praticamente estável, ao passar de 60,2% em novembro para 59,9% em dezembro. Para o grupo de famílias com renda superior a dez salários mínimos, essa proporção caiu quase um ponto porcentual, ao passar de 46,8% para 45,9%. No contraponto anual, os dois grupos registraram crescimento: de 3,5 pontos porcentuais para o primeiro e 7,0 p.p. para o segundo.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a alta de 4,4 p.p. na taxa de endividamento em relação a dezembro de 2016 é um sinal de que as famílias estão ampliando seu consumo com auxilio do crédito, e tal comportamento gera expectativas otimistas para as vendas do varejo neste fim de ano.

Inadimplência
Em relação às famílias que não conseguiram realizar a quitação da dívida na data do vencimento, as consideradas inadimplentes, houve recuo na comparação mensal, passando de 20,4% em novembro para 19,7% em dezembro. Vale lembrar que o patamar do mês anterior foi o maior já registrado desde maio de 2012. No contraponto anual, no entanto, houve elevação de 1,5 ponto porcentual - ou 65,2 mil famílias a mais que não tiveram condições de quitar o débito no vencimento.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o número das famílias que não vão conseguir pagar a dívida no próximo mês ficou tecnicamente estável. O porcentual em dezembro foi de 7,4% contra 7,7% de novembro. Atualmente, são 290 mil famílias que estão nesta situação mais delicada. Entre os inadimplentes, 37% têm a intenção de pagar pelo menos parte dos compromissos; e 23,4% pretendem pagar o total devido.

Tipos de dívida
As dívidas no cartão de crédito continuam sendo as principais, com 73,4% das famílias endividadas nessa modalidade em dezembro (eram 73,6% em novembro). Em seguida, praticamente iguais, aparecem o financiamento de veículos (14,2%) e os carnês (14%). Na sequência, vêm o financiamento imobiliário, com 11,3%, e todos os outros abaixo dos 10%.

De acordo com a análise da assessoria econômica da FecomercioSP, a menor pressão dos preços sobre o orçamento, a geração de emprego e os juros mais baixos geram uma combinação de condições econômicas favoráveis às famílias, na medida em que proporcionam mais segurança ao sistema financeiro, que deixa de restringir, gradativamente, o crédito aos consumidores. Esses números se alinham na lógica de que as vendas estão crescendo tendo o crédito como estimulante do consumo, ainda que a taxa de inadimplência esteja em um patamar histórico elevado.

Metodologia
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista.

O objetivo da PEIC é diagnosticar o nível de endividamento e de inadimplência do consumidor. A partir das informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento, porcentual de inadimplentes, intenção de pagamento de dívidas em atraso e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando duas faixas de renda.

A pesquisa permite o acompanhamento do nível de comprometimento do comprador com as dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos.

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