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Economia

Faturamento do setor de serviços paulistano atinge R$ 25,4 bilhões em janeiro, queda de 5% em relação a 2015

Segundo pesquisa da FecomercioSP, a atividade de construção civil (-28,4%) foi a que registrou a maior queda no período

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Faturamento do setor de serviços paulistano atinge R$ 25,4 bilhões em janeiro, queda de 5% em relação a 2015

O setor que sofreu a maior retração foi o de construção civil, que viu seu faturamento encolher 28,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior
(Arte TUTU)

Em janeiro, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo recuou 5% na comparação com o mesmo mês de 2015 e atingiu o montante de R$ 25,4 bilhões, cerca de R$ 1,3 bilhão a menos do que o alcançado naquele período. Essa foi a maior queda já registrada em janeiro desde 2010. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico. O município de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País. 

Das 13 atividades que compõem a pesquisa, dez apresentaram queda de receita em janeiro no comparativo com o mesmo período de 2015 e foram responsáveis pelo impacto negativo de 6,8 pontos percentuais para o recuo do resultado geral dos serviços de São Paulo. 

O setor que sofreu a maior retração foi o de construção civil, que viu seu faturamento encolher 28,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que representou um impacto negativo de 1,5 ponto percentual no resultado geral. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a atividade continua registrando forte queda em seu desempenho, resultado da crise no mercado imobiliário. 

Outros setores que também registraram quedas acentuadas em janeiro foram: representação (-20,4%); técnico-científico (-18,8%); mercadologia e comunicação (-15%); e educação (-11,6%). Para a Federação, em decorrência de um cenário de crise e incertezas, os consumidores e os empresários reduziram seus gastos com serviços não essenciais. 

Em contrapartida, as únicas três atividades que registraram crescimento em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2015, foram saúde (14,2%); turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (13,1%); e Simples Nacional (6%). Esses resultados contribuíram para reduzir a variação negativa do total do faturamento real dos serviços em 1,9 ponto porcentual. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o setor de saúde foi o que mais cresceu no período, em grande parte por se tratar de um serviço essencial para a população. Outros fatores também explicam a alta no mês, como o reajuste dos planos de saúde, dos procedimentos e das consultas médicas, além do repasse de custos devido ao aumento do dólar, uma vez que parte das matérias-primas utilizadas em determinados procedimentos médicos é importada. 

Expectativa

A Federação não prevê um cenário muito diferente do atual ao longo de 2016. Diante da instabilidade política e econômica, o setor de serviços deve continuar a registrar queda no seu faturamento nos próximos meses. Mesmo os serviços enquadrados no Simples Nacional, que vem acumulando altas consecutivas e diminuindo os impactos negativos da crise no setor, devem registrar queda do faturamento nos próximos meses, já que as micro e pequenas empresas estão encontrando dificuldades em se manter no mercado devido à baixa demanda e ao aumento de custos.

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