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Economia

FecomercioSP aposta na manutenção da taxa Selic

Para a Entidade, Banco Central espera que depressão da atividade econômica seja capaz de segurar inflação

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FecomercioSP aposta na manutenção da taxa Selic

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acredita que o Banco Central deva manter a taxa básica de juros no atual patamar, de 14,25% ao ano, na próxima reunião do Copom, que acontece nesta semana. Para a Entidade, um conjunto de equívocos de política econômica colocou o País em uma verdadeira encruzilhada. Apesar da retração acentuada da atividade, a inflação segue elevada, mesmo com o crédito em queda e os juros altos.

A Federação avalia que, sem um efetivo ajuste fiscal, a capacidade da política monetária de conter a alta de preços é cada vez mais limitada. Além disso, novas altas da taxa básica tenderiam a agravar o quadro fiscal, acelerando o crescimento da dívida pública.

Na avaliação da Entidade, esperar que a depressão da atividade econômica e o aumento do desemprego segurem a inflação diante de tal cenário parece ser a única opção do Banco Central. Entretanto, tal caminho representa um risco grave para a economia brasileira, visto que o crescimento acelerado da dívida poderia levar à emissão de moeda e, consequentemente, à retroalimentação do processo inflacionário.

Para a FecomercioSP, a saída, assim, é atacar a raiz do problema (que é fiscal), avançando na reforma da previdência, na desindexação da economia e na desvinculação das receitas. Entretanto, embora haja praticamente consenso a respeito do diagnóstico e da saída para a crise, falta agilidade, clareza, convicção e coerência por parte do governo, bem como capacidade de articulação política.

A Federação reafirma que, ainda sem propostas contundentes para enfrentar a crise, em meio ao um escândalo de corrupção que paralisa os investimentos da principal empresa do País, com o Congresso fragmentado e um cenário externo desfavorável, a economia brasileira caminha para o segundo ano consecutivo de queda expressiva do PIB. As vendas do varejo, após o recuo de 4,3% em 2015, devem cair entre 3% e 4% em 2016. A taxa de desemprego deve ultrapassar os 10% ainda no primeiro semestre e, apesar disso, a inflação deve continuar acima do teto da meta.

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