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Economia

FecomercioSP debate reforma política em especial multimídia

Diversos especialistas e acadêmicos falam sobre o sistema eleitoral à plataforma Voto, produzida pela Entidade

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FecomercioSP debate reforma política em especial multimídia

Reforma política requer mudança de postura dos políticos, diz coordenador do Laboratório de Política e Governo da Unesp, Milton Lahuerta

Entre todos os temas relacionados à política brasileira, o mais comentado desde 2013 é a reforma política. O assunto ganhou repercussão a partir das manifestações populares em junho daquele ano. Com isso, as eleições deste ano se realizam sob um regimento ligeiramente diferente do que havia em 2014, como a proibição de doações de empresas a campanhas eleitorais.

No entanto, até agora não houve mudanças sobre o cômputo de votos e a lista de candidatos eleitos, entre outros pontos.

Em 2014, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) entrevistou diversos acadêmicos e especialistas para discutir a reforma política e desenvolveu a plataforma Voto, um conteúdo multimídia sobre esse e outros assuntos relacionados à política brasileira.

De acordo com o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcus Vinicius Furtado Coêlho, o principal problema do sistema político em vigor é que o voto do eleitor pode eleger um candidato não votado por ele.

“Temos que criar um sistema eleitoral em que a população saiba em quem está votando, o que eu chamo de lista transparente dos candidatos. Os partidos devem ser obrigados a apresentar a lista de seus candidatos, na ordem em que esses candidatos serão eleitos. E o povo, ao votar, saberá que se votar neste partido, estará elegendo esses candidatos na ordem”, diz o advogado constitucionalista.

Para o coordenador do movimento Eu Voto Distrital, Ricardo Martins, uma reforma política de fato só deve ocorrer caso haja pressão contínua dos brasileiros. “Se não vier da sociedade civil, não vem do Congresso. Os últimos quatro presidentes assumiram falando sobre reforma política. Nenhum deles conseguiu, porque uma proposta dessa magnitude demanda um envolvimento muito maior da sociedade do que temos hoje.”

Segundo Milton Lahuerta, coordenador do Laboratório de Política e Governo da Unesp, a reforma política requer uma melhor compreensão do assunto por parte dos acadêmicos e da imprensa. “Principalmente, [é necessário] uma mudança de postura da classe política, daqueles que vivem da política, que de certa maneira se autarquizaram da sociedade, não mantêm mais nexos reais com a população".

Na mesma linha, o presidente do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP, Ives Gandra Martins, diz que mudanças radicais não devem acontecer tão cedo. “Não sou otimista em curto prazo, porque quem tem o poder, não perde o poder. E quem tem que decidir sobre a reforma são aqueles que detêm o poder.”

Acesse a plataforma Voto e confira mais depoimentos sobre a reforma política no Brasil.

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