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Economia

Homens são os mais atingidos pelo desemprego, aponta FecomercioSP

Os profissionais do sexo masculino representam 87% dos postos de trabalho fechados

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Homens são os mais atingidos pelo desemprego, aponta FecomercioSP

Nos meses de janeiro a maio de 2015 o mercado de trabalho no Brasil registrou um saldo negativo de quase 244 mil vagas, resultado de 8.265.546 admissões e 8.509.484 desligamentos. Além de ocuparem 57% dos postos de trabalho com carteira assinada do País, os homens são os mais atingidos pelo desemprego, pois representam a maioria nos setores mais afetados pela crise econômica. 

Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e foram calculados com base em informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. 

De acordo com a assessoria econômica da Federação, os trabalhadores do sexo masculino foram os mais atingidos pelo desemprego e representam 62% do total de desligados e 87% dos postos de trabalho fechados. O setor da Construção Civil tem 91% do seu estoque de empregados composto por homens e encerrou mais 108 mil postos em 2015. Desse montante, 94% são homens. 

A indústria também fechou outros 98 mil postos de trabalho, 86% eram ocupados por homens, que, por sua vez, representam 65% do atual estoque de empregados do setor industrial. O Comércio seguiu a tendência de queda e registrou baixa de aproximadamente 160 mil vagas. Nesse sentido, apesar de os homens representarem 55% da força de trabalho deste setor, apenas 30% das vagas fechadas eram ocupadas por homens.

Segundo a Entidade, 91% entre os mais de 5,2 milhões de homens desligados possuem ensino médio completo e rendimento de R$ 1.181,70, abaixo da média geral dos desligados do gênero (R$ 1.476,70). Do outro lado, entre as 3,25 milhões de mulheres desligadas, 85% possuem escolaridade até o ensino médio e rendimento médio de R$ 968,14, abaixo da média geral obtida pelos desligados do sexo gênero feminino (R$ 1.223,70).

Ainda de acordo com a Federação, a diferença entre rendimento do homem e da mulher no mercado de trabalho brasileiro existe tanto naqueles que entram ou voltam ao quadro formal, quanto àqueles desligados de suas funções. Tal realidade ocorre ainda que, em média, 30% das mulheres com carteira assinada no Brasil têm ensino superior incompleto ou completo, referente aos homens o porcentual cai pela metade.

Nos primeiros cinco meses deste ano, cerca de 76 mil vagas foram geradas para profissionais com ensino superior completo ou incompleto no País (86% ocupadas por mulheres), enquanto foram fechados quase 320 mil postos de trabalho para profissionais com até o ensino médio completo (70% ocupados por homens).

A Entidade aponta que com a crise econômica registrada no Brasil, os empresários tiveram de adequar despesas a uma nova realidade da demanda. No caso da redução de custos por meio da diminuição do quadro formal, os escolhidos foram os mais jovens e menos escolarizados. Entretanto, o fechamento de quase 244 mil postos de trabalho no País, mesmo que afete os menos escolarizados e com média salarial mais baixa, causou uma perda de R$ 1,4 bilhão em massa salarial. Além de se desligar mais do que se contrata, o empregado que sai do mercado de trabalho leva consigo um rendimento médio superior (média de R$ 1.367,45) ao do trabalhador que entra (média de R$ 1.237,45). Isso significa um importante tombo no orçamento das famílias e consequentemente em sua capacidade de consumir.

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