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Economia

Índice de Intenção de Financiamento atinge 14,3 pontos e registra menor patamar desde 2012

Segundo a Entidade, o indicador recuou 7,9% em relação a março, sugerindo uma menor disposição dos consumidores a contrair dívidas nos próximos meses

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Índice de Intenção de Financiamento atinge 14,3 pontos e registra menor patamar desde 2012

O Índice de Intenção de Financiamento atingiu 14,3 pontos em abril, queda de 7,9% na comparação com o mês anterior. É o menor resultado da série histórica iniciada em junho de 2012, e foi causado pela retração de 7,5% para 6,6% da proporção de consumidores que pretendem contrair empréstimos nos próximos três meses. Na comparação com abril de 2015, quando o indicador registrou 20,5 pontos, o recuo foi de 30,3%, o que sinaliza que as vendas para o próximo Dia das Mães tendem a ser fracas, especialmente em setores mais dependentes de financiamento como eletrônicos, eletrodomésticos e mesmo vestuário e perfumaria. 

Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, apresentou alta (3,2%) na comparação com março e atingiu 84,2 pontos. Já no comparativo anual houve recuo de 3%. Entre os endividados, o índice teve queda mensal de 2,7%, enquanto, entre os não endividados, registrou elevação de 5,8%. 

De acordo com a Entidade, a nova redução da segurança de crédito entre os consumidores endividados sugere uma dificuldade crescente das famílias de administrarem seu orçamento. Assim, embora a propensão ao financiamento esteja no menor patamar de sua história, a assessoria econômica da FecomercioSP acredita que a proporção de consumidores endividados deverá continuar em crescimento, pois não há sinais de melhoria do cenário em curto prazo, já que a dificuldade das famílias para manter o orçamento equilibrado é crescente por causa dos preços altos e do aumento do desemprego. 

Aplicações

Houve uma ligeira melhora no risco de crédito em abril (84,2 pontos) na comparação com o mês anterior (81,6 pontos) em razão da fuga dos não endividados de novos crediários e do racionamento do consumo. Esse resultado também pode ser notado na proporção de consumidores que possuem algum tipo de aplicação, que subiu de 40,8% em março para 42,1% em abril. 

Entre eles, a poupança permanece como a aplicação preferida, embora siga perdendo o protagonismo para renda fixa, tendência que deve se manter ao longo de 2016 por conta da inflação e da Selic elevadas. Em abril, 65,5% dos aplicadores tinham na poupança o principal destino dos seus recursos, o menor valor já registrado desde junho de 2012, quando a pesquisa teve início. No mesmo período no ano anterior, a proporção era de 76,3%. 

Em contrapartida, a proporção de investidores cuja principal aplicação é a renda fixa atingiu o maior patamar da série histórica. A escolha da renda fixa por parte dos consumidores passou de 18,8% em março para 20,7% em abril. Em abril de 2015, a aplicação era a principal opção de apenas 11,6% dos paulistanos. 

Vale ressaltar que a previdência privada também tem ganhado novas adesões na capital paulista. A proporção de entrevistados a tem como a principal aplicação passou de 7,3% em março para 8,4% em abril. Em relação ao mesmo mês no ano anterior, a participação da previdência teve alta de 3,4 pontos porcentuais, visto que era de 5,0% na ocasião. 

Segundo a Federação, aplicações em Bolsa de Valores também são boas opções para quem vislumbra rendimentos em 20 ou 30 anos, embora seja atualmente difícil apostar no Brasil em longo prazo. Entretanto, vale dizer que, se no meio desse período o poupador precisar dos recursos, poderá descobrir que perdeu boa parte do que foi aplicado - como é o caso de quem, por exemplo, comprou ações há cerca de 10 anos.

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