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Imprensa

Intenção de financiamento dos paulistanos cresce 26% em agosto, aponta FecomercioSP

Pesquisa da Entidade demonstra uma melhora na perspectiva do consumidor, em razão da melhora na economia geral

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Após ter atingido patamar mínimo histórico em julho, o Índice de Intenção de Financiamento das famílias paulistanas subiu 26% em agosto, passando dos 14 pontos em julho para 17,6 pontos no mês atual, e 15,4% superior na comparação com o mesmo mês de 2016, quando o indicador alcançou 15,3 pontos. Os indicadores positivos da economia brasileira divulgados recentemente, como emprego, inflação baixa, retomada da produção industrial, vendas de automóveis, melhora na balança comercial e na produção agrícola, entre outros, podem ter contribuído para essa alta.

Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção e Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), e mostram uma aparente retomada na intenção de contrair dívidas. De acordo com a assessoria econômica, para que essa tendência permaneça nos próximos meses, ainda é preciso primeiro reduzir o endividamento (ou ao menos melhorar o perfil das dívidas) e solidificar a retomada do emprego para somente depois encorajar maciçamente as famílias (e os bancos) a voltar ao mercado de crédito, que é o grande "alavancador" das vendas, principalmente para setores como o de bens duráveis e o segmento imobiliário.

O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade de pagamento com base na posse de reservas financeiras, por outro lado, registrou retração na comparação mensal (-2,9%), atingindo 81,4 pontos no mês atual ante os 83,7 pontos registrados em julho, e 3,5% inferior ao apurado em agosto de 2016, quando o indicador marcou 84,3 pontos.

A segurança de crédito apresentou assimetria entre endividados e não endividados, sendo o primeiro grupo responsável pela queda mensal do indicador. Entre os endividados, houve retração de 4,9% na segurança de crédito, que atingiu 65,2 pontos ante os 68,6 pontos registrados em julho. Na comparação com agosto de 2016, houve queda menos acentuada (-1,6%), quando o índice registrou 66,3 pontos. Entre os não endividados, houve leve crescimento (0,6%) na comparação mensal, passando dos 100 para os 100,6 pontos em agosto, e queda de 3% no contraponto anual, quando o indicador marcou 103,6 pontos.

Para a FecomercioSP, os sinais de que a economia começa a voltar ao normal no Brasil estão se confirmando, depois de quase três anos de recessão e inflação, a pior combinação possível. As famílias temem, porém, além da fragilidade dessa recuperação, os efeitos da nova crise política, que envolve os principais partidos e personagens do Brasil. Segundo a Entidade, havia evidente risco do ambiente conturbado na política contaminar o cenário econômico, mas ele está se mostrando surpreendentemente descolado do mau humor político.

Aplicações

Em agosto, 61,8% dos aplicadores tinham na poupança o principal destino dos seus recursos, alta de 3 pontos porcentuais (p.p.) em relação aos 58,8% apurados em julho. Em agosto de 2016, a proporção era de 64,3%. Os que aplicam em renda fixa alcançou 19,9%, queda de 1,2 p.p. em relação ao mês anterior e crescimento de 2,2 p.p em relação aos 17,7% registrados em agosto de 2016.

Os indicadores da FecomercioSP mostram que, em tese, consumidores e empresários começam a se despedir do mais recente episódio de crise, e, com adicional positivo de que a percepção geral é de que o governo manteve boa capacidade de aprovação das reformas e com boa probabilidade de aprovar a da Previdência Social ainda neste ano. Se isso se confirmar nos próximos dias, a Federação aponta ser possível que novos saltos de confiança aconteçam  por meio do mercado de ações e de crédito e também da queda do "risco Brasil" e dos juros internos.

Sobre a PRIE

A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) - apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) - tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, o que gera um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.

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