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Negócios

Jovens apostam em intercâmbio universitário

Agências apontam aumento na demanda por esses programas, que exigem planejamento mais cuidadoso

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Jovens apostam em intercâmbio universitário

Novas gerações buscam qualificação profissional no exterior para incrementar o currículo em um mercado de trabalho no qual vivências e qualificações internacionais têm peso muito grande
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

Voltado para quem busca mais do que apenas um curso de idiomas no exterior, o intercâmbio universitário conquista adeptos a cada dia. É uma oportunidade para quem deseja incrementar o currículo profissional, ainda mais em tempos de crise, quando os índices de desemprego aumentam. “Os jovens que querem ter uma experiência no exterior procuram aliar esse investimento a uma vivência que traga crescimento pessoal e profissional. Agregar essa experiência no currículo é certamente um diferencial para a carreira”, aponta Patricia Zocchio, diretora presidente da Experimento, agência de intercâmbio recentemente adquirida pela CVC.

De 2015 para 2016 a demanda por programas com foco nos universitários cresceu 44% na empresa. Segundo Patricia, esse aumento se deve muito ao perfil das novas gerações, que buscam qualificação profissional cada vez mais cedo, já que enfrentarão um mercado atento a currículos fortes, em que vivências e qualificações internacionais têm um peso muito grande. “Esse cenário competitivo na hora de conquistar boas oportunidades na carreira é um fator preponderante que estimula a procura”, diz.

“Aqui no País esse tipo de intercâmbio é muito valorizado principalmente para as vagas de trainee”, explica Augusto Jimenez, sócio-diretor da rede Minds Idiomas, que tem parcerias com agências para intercâmbios dos alunos. Trainee é o cargo normalmente atribuído a jovens profissionais recém-formados que serão treinados e capacitados para ocupar posições de liderança dentro das empresas.

De acordo com ele, a demanda aumentou muito nas escolas da Minds. Um dos motivos é porque a rede promete o ensino da língua em 18 meses. “Então muitos pais colocam os filhos para aprender o idioma neste período e depois os mandam para outros países para cursarem o ensino superior”, aponta. Com isso, a procura pelo intercâmbio universitário cresceu 10% em relação ao ano de 2015. A perspectiva é até o final de 2017 avançar 15% em relação a 2016.

Já Maura Leão, presidente da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), associação que reúne agências de intercâmbio brasileiras, destaca que quem procura algum programa universitário no exterior são aqueles que já estão terminando o ensino médio, muitos o cursaram em outro país, e já voltam para o Brasil com o desejo da graduação fora. “Vemos que começa a ter mais procura. Não é um programa que todo mundo tem acesso financeiramente, mas hoje existem possibilidades para viabilizar, com bolsas de estudo, por exemplo”, observa.

De acordo com Maura, o principal atrativo das universidades em terras estrangeiras é a diversificação e o ensino menos “engessado” que o brasileiro. Por outro lado, o ingresso é o que exige mais cuidado na comparação com outros programas: o estudante não pode perder prazos e deve enviar a documentação para a instituição de ensino corretamente. Por isso o acompanhamento de um especialista é fundamental, diz ela. Além disso, exige um excelente planejamento financeiro, já que o pagamento é por semestre ou anual – diferente do modelo brasileiro, que normalmente cobra parcelas mensais. fatores que também exigem maior preparo dos profissionais das agências que oferecem os pacotes.

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