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Sustentabilidade

Matérias-primas ecológicas ganham espaço no mercado pet

Madeira de reflorestamento, plástico biodegradável e materiais recicláveis são usados para a fabricação de produtos

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Matérias-primas ecológicas ganham espaço no mercado pet

Por Deisy de Assis

A indústria de produtos para animais de estimação é uma das que mais cresce mundialmente. No Brasil, ela ocupa a posição de segunda maior no ranking global, responsável pelo faturamento de mais de R$ 16 bilhões no País só em 2014. Mas não apenas nos lucros este segmento tem se desenvolvido, no âmbito sustentável também há avanços consideráveis.

Produtos para cães, gatos e alguns pequenos roedores já contam com matérias-primas menos agressivas ao meio ambiente. Foram agregados itens como madeira de reflorestamento, plástico biodegradável e embalagens recicláveis.

O empresário Xavier Sarolli Filho viu na serragem residual de sua marcenaria, antes descartada, a possibilidade de oferecer um produto ecologicamente correto para substituir a areia sanitária para gatos. “Com base no que vimos fora do Brasil criamos o Mimi Cats. São pequenos pinos fabricados com a serragem que, em contato com os dejetos do animal, absorve, inibe odores e se desfaz tornando-se um farelo para o descarte”, explica Sarolli Filho sobre o produto que é biodegradável.

Explorando as possibilidades sustentáveis

A madeira de reflorestamento também é utilizada para a fabricação de casinhas para cachorro na empresa Ferplast. O produto é um dos cerca de 50 que compõem a linha “Greensun”, criada a partir de conceitos de sustentabilidade.

“Procuramos pensar em alternativas ecológicas para diferentes produtos. Usamos, por exemplo, plástico biodegradável e o pó residual da madeira para um composto que permite a fabricação de potes para ração e água e outros modelos de casinhas”, afirma o diretor da filial South America da Ferplast, André Gazzana.

A linha tem ainda brinquedos em plástico biodegradável que, se forem ingeridos pelos animais, não liberarão substâncias tóxicas no organismo dos pets.

No caso da empresa Recriar Soluções Sustentáveis, a fabricação de casinhas para animais é feita com a utilização de caixas do tipo tetra pak e papel reciclados, que formam chapas de compensado altamente resistentes. As “EcoKsas” têm ainda outra vantagem agregada: propriedades antibactérias e antiumidade, contribuindo para a melhor higiene do animal.

Desafios do mercado ecologicamente correto

Apesar das diversas soluções já disponíveis no mercado, na opinião do presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), José Edson Galvão de França, no que diz respeito à sustentabilidade, a indústria pet se movimenta mais com relação ao descarte correto de embalagens do que com a criação de produtos.

“Os desafios estão no campo de investimento em inovação. As empresas precisam de um ambiente de negócios mais propício, sem tanta burocracia, para patentear soluções”, argumenta o presidente executivo da Abinpet.

França frisa que a tecnologia para otimizar processos que envolvem a sustentabilidade já está disponível, mas os empresários enfrentam custos que inviabilizam mais inovação no Brasil.

Iniciativas ecológicas, como as políticas de descarte de resúdios e uso de matérias-primas menos agressivas ao meio ambiente, podem concorrer ao Prêmio Fecomecio de Sustentabilidade, que está em sua 5ª edição e tem inscrições abertas até 30 de agosto.

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