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Negócios

Medidas simples reforçam a segurança do pequeno comércio eletrônico

Especialistas recomendam a adesão a parceiros consolidados e que garantam o não vazamento de dados, além de ferramentas gratuitas para testar vulnerabilidades

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Medidas simples reforçam a segurança do pequeno comércio eletrônico

Empresas que estão iniciando as atividades e não contam com muito capital podem procurar ferramentas já consolidadas 
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

Ao iniciar as atividades de uma loja virtual, o empresário deve adotar medidas que garantam a segurança da informação do negócio e protejam os dados do consumidor e os da própria loja.

Um dos pontos principais é a segurança fornecida pela plataforma na qual a loja será hospedada. O empreendedor deve conferir se é uma “página segura” – sinalizada pelo símbolo de um cadeado e o “https” no endereço do site – e se utiliza criptografia. “Principalmente nas páginas com dados sensíveis, com informações pessoais do cliente e de pagamento”, alerta o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e CEO da Ebit, Pedro Guasti.

O pagamento é justamente outro fator de risco. O comerciante pode contratar soluções específicas para essa etapa da compra. Algumas empresas, inclusive, fornecem também no mesmo pacote a análise de risco. Dessa forma, a loja virtual pode evitar o vazamento de dados do cliente e ainda impedir fraudes e o chargeback – que é quando a administradora de cartão cancela o pagamento de uma venda efetuada no crédito ou débito por identificação de fraude. “O empresário deve escolher parceiros que além de garantirem que os dados estão seguros, também garantam que não vão vender para um consumidor que não seja real, ou seja, que usou a identidade de outra pessoa”, ressalta Guasti.

Para empresas que estão iniciando as atividades e não contam com muito capital para investir em soluções mais robustas, a dica é procurar ferramentas já consolidadas voltadas para as pequenas empresas. “Usar gateways de pagamentos [interfaces que servem para a transmissão de dados entre clientes, comerciantes e bancos] e ferramentas antifraude já consolidados também transmite segurança a quem compra”, argumenta Rodrigo Sol, sócio da Raro Labs, consultoria e desenvolvedora de softwares.

O especialista ainda recomenda fazer, com frequência, testes que simulem uma invasão para verificar a vulnerabilidade da infraestrutura daquele comércio eletrônico. “Hoje já existem ferramentas gratuitas que fazem esses testes”, diz Sol.

Além do risco nas etapas de compra, sempre existe a possibilidade de ser atacado por hackers. Por isso o empreendedor deve ainda reforçar a segurança (com antivírus, firewall, etc) dos computadores nos quais guarda os dados dos clientes e realiza transações bancárias.

Outro conselho é bloquear o tráfego de locais para onde não realiza vendas, como países asiáticos ou do leste europeu. “É uma medida simples, mas importante porque a maioria dos ataques [hackers] são desses lugares”, conclui o sócio da Raro Labs.

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