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Negócios

Mercado da moda depende da expertise da gestão para garantir lucro

A empresária Costanza Pascolato acredita que o comércio digital e as plataformas sofisticadas vão fazer do ‘desejo virtual’ uma realidade”

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Mercado da moda depende da expertise da gestão para garantir lucro

Por Deisy de Assis

A empresária e consultora Constanza Pascolato é categórica sobre as mudanças no mercado de moda: a web mudou as perspectivas e não pode ser vista apenas como uma ferramenta de marketing e publicidade.

“É preciso sofisticar estes recursos e readequar as lojas físicas, que agora começam a ter nova função e tendem a ser “provadores de luxo”, com vendedores/consultores que são autênticos stylists (para sugerir, propor, editar e orientar). Especialistas apontam que o tripé se fecha com o comércio digital e com sofisticadas plataformas que vão fazer do ‘desejo virtual’ uma realidade”, afirma.

Constanza será palestrante do 2º Fórum Negócios da Moda, uma parceria da FecomercioSP com o jornal O Estado de São Paulo, no próximo dia 2.

Para a empresária, o dinamismo das mudanças gera espanto. “É uma evolução surpreendente e fascinante”, diz. Além disso, lembra que a democratização do acesso faz com não exista mais a ideia de tendências, responsável pela movimentação do mercado da moda por décadas.

A divulgação e reprodução imediata de novas imagens, looks e roupas por meio da web são, para ela, indicadores de que marcas influentes, que ainda são referência, trabalharão mais para construir, divulgar e comercializar suas próprias identidades. “Por isso, é uma evolução que depende da expertise da gestão para garantir demanda e lucro”, completa.

Cenário

Da metade do século passado até hoje foram inúmeras as mudanças observadas na tradição da moda. Costanza classifica-as como “radicais” e atribui a constatação a três fatores: diversidade social, globalização da economia e internet.

“Primeiro surgiram novos comportamentos e grupos sociais. Depois a globalização da economia e a internet aceleraram o processo, diminuíram as distâncias e trouxeram, no começo do século 21, a revolução fast fashion”, afirma a empresária, que considera que o cenário alterou e reorganizou mundialmente toda a estrutura varejista.

Costanza explica que o termo fast fashion está banalizado e se refere à habilidade de empresas criarem e produzirem rapidamente grande quantidade de roupas “inspiradas” em desfiles de marcas tradicionais no mercado de luxo e vendê-las por um décimo do preço do que se viu originalmente nas passarelas.

“Assim, a tradição das tendências sazonais para clientela de alto poder aquisitivo pulverizou- se diante da nova e enorme oferta de moda, oferecida instantaneamente a muitos preços possíveis e para todas as camadas da população.”

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