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Negócios

Mercado de mágica investe em diversidade e inovação para ampliar público

Empresários do ramo apostam em shows corporativos, venda de produtos em loja virtual e aulas em vídeo para ensinar a profissão

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Mercado de mágica investe em diversidade e inovação para ampliar público

Promagic, fundada em 2010 pelo empresário André Attie (foto), realiza shows de mágica tanto para eventos sociais quanto para corporativos
(Foto: Débora Klempous)

Fazer truques para encantar as crianças, praticar como hobby, auxiliar na divulgação de marcas, entreter eventos ou formar novos profissionais. São muitas as possibilidades que envolvem, hoje, o mercado de mágicas. Apesar de não haver dados consolidados sobre seu desempenho, os profissionais do ramo comentam que há, sim, oportunidades, mas para aproveitá-las é preciso planejar, inovar e criar novos serviços. 

André Attie, que trabalha no ramo há anos, aprendeu a olhar seu serviço com uma visão empresarial. Foi esse impulso e a percepção de um grande mercado a ser desbravado que o levou se a unir ao sócio, o mágico Sany, e fundar, em 2010, a Promagic. 

A empresa realiza shows de mágica tanto para eventos sociais quanto para corporativos. "Algumas companhias nos contratam para falar de serviços ou novas marcas de forma lúdica", diz. Com isso, a Promagic hoje coleciona uma cartela variada de clientes, atendendo desde grandes hospitais com mágicas para entreter pacientes e colaboradores até indústrias em lançamentos de produtos. A média é de 20 shows por mês. 

De 2014 para 2015, a estratégia deu tão certo que a empresa registrou crescimento de 41%. O ano seguinte foi atingido pela crise econômica do País, mas, ainda assim, a Promagic espera um avanço entre 15% e 20% para 2016. 

A crise chegou
O diretor da antiga franquia de quiosques comerciais Planeta das Mágicas, Cristiano de Oliveira, sentiu na pele a necessidade de se reinventar. A marca, que existe há 15 anos, chegou a ter 30 unidades franqueadas pelo Brasil, comercializando produtos para amadores. O freio econômico do País e as altas taxas de locação, no entanto, fizeram os negócios minguarem. "Tínhamos uma grande quantidade de lojas em shoppings e as atividades perderam força por causa de aluguel e operação muito cara. Ficamos apenas com uma loja física e loja virtual", conta o executivo. 

A aposta agora é na loja on-line. "O e-commerce dá certo, mas precisa de investimento e um grande trabalho de marketing, porque produtos de mágica vendem mais quando o cliente vê na hora como se faz o truque. Assim, é mais fácil conquistá-lo”, diz Oliveira, frisando que no site é mais difícil, porque nem todo mundo sabe como usar o produto. 

Ensinar para crescer
César Nakae, "aficionado por mágica", como ele mesmo se define, soube entender o momento do mercado e deu um novo passo como empresário. Em 2004, o empreendedor montou sua primeira produtora, gravando DVDs que ensinavam os truques. Foram mais de 20 títulos produzidos para iniciantes aprenderem os preceitos da profissão. Três anos depois, ele criou um site sem fins lucrativos, mais informativo e com orientações, o Portal da Mágica. 

Ao longo dessa jornada, a plataforma evoluiu e, em 2013, ele transformou o canal em um curso a distância. "Nós adaptamos a metodologia das aulas presenciais para fazer on-line, oferecendo-as como curso de formação", conta. A demanda partiu da própria audiência que acompanhava o conteúdo do site. 

Conselhos
Para a especialista em Facebook marketing, Camila Porto, na hora de divulgar os serviços, os benefícios devem ser ressaltados, a exemplo do ensino a distância oferecido pelo Portal da Mágica. "É preciso destacar o benefício da aula on-line, por exemplo, de poder ser feita onde e quando quiser." 

Para o coach de vendas Jaques Grinberg, é necessário dominar as especificidades do segmento para avançar. "Toda vez que se tem um nicho específico como esse, é preciso descobrir os diferenciais e o que pode ser feito para despertar a atenção de quem não conhece o mercado." 

Confira a matéria completa na edição 46 da Revista C&S.

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