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Sustentabilidade

Metade das empresas paulistas acredita que COP30 vai influenciar suas ações ambientais

Estudo da FecomercioSP revela ainda que empresariado tem dificuldade de adotar medidas mais sólidas de redução de emissões; Entidade leva Agenda Verde a autoridades

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Metade das empresas paulistas acredita que COP30 vai influenciar suas ações ambientais
A percepção do empresariado sobre a COP é bastante relevante, em um contexto no qual as empresas ainda encontram dificuldades relevantes de adotar medidas mais robustas de redução de GEE (Arte: TUTU)

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, vai impactar o universo dos negócios?

Ao fazer essa pergunta ao empresariado paulista, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) atestou que 55% acreditam que, sim: a conferência terá efeitos positivos sobre os negócios [gráfico 1].

O encontro, vale dizer, reunirá os chefes de Estado de 198 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano, na capital do Pará. 

A reunião — que acontece todos os anos em alguma cidade do mundo — será especialmente relevante em 2025, porque marcará os dez anos da definição do Acordo de Paris, assinado na COP21, na capital francesa, estipulando uma série de metas para as nações participantes. Em períodos pré-determinados, esses países precisam atualizar as metas e apresentar resultados envolvendo objetivos anteriores.

Na véspera da COP29, em Baku, no Azerbaijão, em 2024, o Brasil, por exemplo, reajustou a meta de redução total de Gases de Efeito Estuda (GEE) para uma banda entre 59% e 67% até 2035. O plano anterior era cortar 53% das emissões até 2030.

[GRÁFICO 1]

Na sua opinião, a COP30 no Brasil vai impactar o setor empresarial?

Sondagem com 200 empresas — Março de 2025

Fonte: FecomercioSP
 

Na leitura da Federação, a percepção do empresariado sobre a COP é bastante relevante, em um contexto no qual as empresas ainda encontram dificuldades relevantes de adotar medidas mais robustas de redução de GEE. Significa, sobretudo, que os negócios esperam por caminhos mais claros sobre o que fazer após o evento em Belém.

Pelos dados da pesquisa, por exemplo, 58% dos negócios paulistas não têm, hoje, qualquer tipo de política ambiental em prática [tabela 1], como destinar materiais à reciclagem ou participar de sistemas de economia circular.

[TABELA 1]

O seu negócio adota medidas para redução de emissões de gases do efeito estufa?

Sondagem com 200 empresas — Março de 2025

Fonte: FecomercioSP

[TABELA 2]

Quais medidas o seu negócio adota para reduzir as emissões de gases

(entre aquelas que responderam que adotam alguma medida)?

Sondagem com 200 empresas — Março de 2025

Fonte: FecomercioSP

E, dentre as ações para reduzir emissões do universo de 24% das empresas que contam com alguma em curso, a maioria é de estrutura simples [tabela 2], como destinar resíduos orgânicos para compostagem (69% dos negócios que dizem ter medidas citam essa prática) ou abastecer a frota com combustíveis mais limpos, como etanol (80%). 

Na avaliação do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, há outro fator determinante: a COP terá um papel decisivo na postura dos consumidores. De acordo com a pesquisa, atualmente mais da metade (55%) do empresariado afirma que os clientes não preferem itens que apresentem quesitos de sustentabilidade. 

Trata-se de um cenário de transição. De um lado, o reconhecimento de que os efeitos das mudanças climáticas são reais e impactam os negócios de forma concreta. De outro, muitos gargalos que impedem uma atuação mais efetiva — que vão desde dificuldades envolvendo os custos operacionais até leis que não favorecem essa transformação de forma mais efetiva e rápida.

Agenda Verde da FecomercioSP

Para lidar com esses desafios e direcioná-los aos canais públicos e privados, a FecomercioSP lançou, há alguns dias, a sua Agenda Verde, elencando um conjunto de metas (veja todas aqui) que a Entidade entende como as prioridades ambientais que o Brasil deve assumir até 2030, envolvendo acelerar políticas para transição energética, fazer ajustes na recém-aprovada regulação do mercado de carbono e seguir em direção a uma economia mais circular até zerar o desmatamento ilegal, que já faz parte do escopo das metas do governo federal.

A Federação vai levar a Agenda ao escopo de discussões da COP30, assim como já tem discutido alguns dos itens com autoridades do Executivo e do parlamento. É possível baixar o e-book da Agenda clicando aqui.

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