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Economia

Momento é adequado para o empresário equilibrar o estoque

Famílias paulistanas estão com a capacidade de consumo limitada; previsão é de ritmo fraco nas vendas para o último bimestre do ano

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Momento é adequado para o empresário equilibrar o estoque

Famílias estão com dificuldade de aumentar o consumo no curto prazo, apesar da melhora da avaliação sobre a renda e questões profissionais
(Arte/Tutu)

O empresário deve equilibrar o estoque neste momento em decorrência da capacidade de consumo das famílias paulistanas estar limitada. A expectativa é de ritmo fraco de vendas para as próximas datas comemorativas.

Essa estagnação do consumo é medida pelo Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em outubro, o indicador permaneceu abaixo dos 100 pontos, margem que indica insatisfação sobre o nível futuro de propensão a consumir em curto e médio prazos. No mês, o ICF se manteve estável em 87,5 pontos. No entanto, houve crescimento de 9% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a pontuação foi de 80,3 pontos.

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Com a inflação um pouco mais elevada, o desemprego e os níveis de endividamento e inadimplência altos, a renda remanescente no mês serve para pagar contas, e não para o consumo. Diante desse cenário, as famílias encontram dificuldades em conseguir crédito, e isso também impede a expansão do consumo. A FecomercioSP acredita que esse movimento continue pelo menos até o início de 2019.

No ICF, o item Perspectiva profissional foi o que apresentou a maior elevação em outubro, de 3,3%. O indicador atingiu 115,5 pontos e é o mais bem avaliado e mostra que a maioria dos paulistanos (54%) acredita que o responsável pelo domicilio terá alguma melhoria profissional nos próximos seis meses. Apesar do otimismo, os paulistanos não mudaram sua percepção de segurança sobre o quadro atual do mercado de trabalho. O item Emprego atual se manteve tecnicamente estável e ficou nos 110,1 pontos (-0,1%).

Outro destaque positivo foi o item Renda atual, que, em outubro, apontou elevação de 2,5% no contraponto mensal e registrou 97,9 pontos em outubro. Essa é a segunda alta consecutiva, porém, não suficiente para sair do patamar de insatisfação – abaixo dos 100 pontos –, ou seja, a maioria dos paulistanos avalia que a renda familiar atual está pior do que há um ano.

O item Perspectiva de consumo teve uma leve alta de 0,5% e chegou a 88,8 pontos. O patamar atual está 8,9% acima do visto no mesmo mês do ano passado. Mesmo com a melhora, ainda são 40% dos paulistanos que dizem que sua família e a população em geral devem consumir menos nos próximos meses em relação ao mesmo período do ano passado.

O item Nível de consumo atual registrou 59 pontos em outubro, retração de 2,1% em relação ao mês anterior. Essa é a pior pontuação do ano do item, que aponta que 55% dos entrevistados afirmaram comprar menos do que há um ano.

O item Acesso a crédito recuou 1,1% e voltou aos 84,7 pontos, reflexo da alta taxa de desemprego e do aumento no risco de inadimplência. No momento, 43% das famílias dizem estar mais difícil conseguir empréstimo para compras a prazo.

Esse recuo do consumo no curto prazo e o crédito mais seleto dificultam a compra de bens duráveis. O item Momento para duráveis teve forte queda de 6,8% e ficou em 56,6 pontos, sendo o item com pior avaliação do ICF no mês. Entre os entrevistados pela pesquisa, 69% consideram este um mau momento para compras de bens como geladeira, fogão, TV etc.

Faixa de renda
Para o grupo que ganha até dez salários mínimos, o ICF teve leve alta de 0,7%, ao passar para 85,8 pontos em outubro. Já o índice de intenção de consumo das famílias com renda superior a dez salários registrou queda de 1,9% e atingiu 92,5 pontos. Apesar do recuo, esse segundo grupo ainda é o que apresenta menor grau de insatisfação com as condições econômicas de suas famílias.

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