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Economia

Nova pesquisa da FecomercioSP aponta que turismo brasileiro deve crescer 2% em 2018

Apesar da projeção positiva do Índice de Atividade do Turismo (IAT), crescimento está longe do registrado no período pré-crise, em 2014, quando o setor tele elevação de 6,3%

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Nova pesquisa da FecomercioSP aponta que turismo brasileiro deve crescer 2% em 2018

Dados mais recentes do indicador apontam que, no último mês de julho, o turismo teve alta de 3,6% em relação ao mesmo período de 2017
(Arte/Tutu)

O turismo brasileiro deve crescer 2% em 2018, metade do resultado alcançado no ano anterior. A estimativa integra o Índice de Atividade do Turismo (IAT), lançado nesta quinta-feira (27), data em que se comemora o Dia Mundial do Turismo.

A nova pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) engloba a soma das receitas operacionais das atividades características do setor com base em dados do IBGE e cálculos elaborados pela Entidade.

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A presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, afirmou no lançamento oficial da pesquisa que “os dados sobre o turismo brasileiro são muito frágeis, e raras são as vezes em que um dado setorial conversa com o restante da economia”. A especialista diz ainda que a análise da Entidade tende a avançar e se aprofundar. “Temos um índice nacional - que é um dos poucos que existem no mundo porque a maioria são réplicas de modelos internacionais – e nosso próximo passo é estruturar metodologia de mensuração de resultados financeiros, como receitas, salários e peso na economia nacional.”

A série histórica teve início em 2007 e mostra que o setor alcançou o melhor desempenho em 2014, quando o IAT cresceu 6,3% e marcou 170 pontos. O ano foi marcado pela realização da Copa do Mundo, evento que atraiu estrangeiros para o País e impulsionou o turismo nacional.

Após a bonança, o turismo brasileiro foi impactado pela crise econômica e registrou duas quedas anuais. Em 2015, o índice ficou negativo em 7,1% e, em 2016, mesmo quando o Rio de Janeiro sediou as Olimpíadas, as receitas do turismo caíram 5,1%. A recuperação, segundo a pesquisa, veio apenas no ano seguinte com o crescimento de 4%. Os dados mais recentes do IAT indicam que, no último mês de julho, o turismo teve alta de 3,6% em relação ao mesmo período de 2017.

A projeção de crescimento para 2018, embora positiva, é inferior à grande parte dos outros anos da série histórica, com exceção de 2015 e 2016. “No começo do ano, esperávamos uma retomada consistente do setor, mas percebemos que no decorrer de 2018 o brasileiro retraiu o consumo de viagens. Mesmo assim, a projeção do índice segue em crescimento com relação ao ano passado”, explica Mariana.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a instabilidade em relação ao crescimento econômico do País, relacionada a investimentos públicos e privados, elevação do PIB e crescimento do consumo, entre outros, afeta a decisão de viagens tanto de lazer quanto corporativas. Além de estabilidade econômica, o desenvolvimento do turismo depende de aspectos como segurança, redução na burocracia, infraestrutura e regulamentação adequadas.

O setor — que tem grande capacidade para gerar empregos e renda e estimular a economia de diferentes cidades — precisa crescer de forma mais sustentável porque, se manter o ritmo atual, vai voltar a seu pico histórico, de 170 pontos, somente em 2022.

IAT
O Índice de Atividade do Turismo estima as receitas operacionais líquidas das empresas que compõem as atividades características do turismo. O indicador, que será publicado mensalmente pela FecomercioSP, é confeccionado com base nas estatísticas de movimentação de passageiros do transporte aéreo e estima o nível de atividade econômica do turismo por meio do resultado de modelagem estatística a partir de dados históricos do desempenho do setor (obtidos pela Pesquisa Anual de Serviços do IBGE), e das suas correlações com os dados mensais disponibilizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

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