Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Ocupação de áreas ociosas deve beneficiar setores de comércio e serviços

Locais subutilizados vão receber infraestrutura a partir de propostas de revitalização

Ajustar texto A+A-

Ocupação de áreas ociosas deve beneficiar setores de comércio e serviços

Trechos abandonados ou subutilizados da cidade poderão receber infraestrutura adequada para  os empresários e para a população
(Arte TUTU)

Por Deisy de Assis

Projetos para ocupar áreas subutilizadas na cidade de São Paulo prometem beneficiar os setores de comércio e de serviços. Isso porque regiões que não oferecem condições para atividades empresariais serão revitalizadas, receberão infraestrutura e passarão a ter maior movimentação.

A possibilidade de propostas para recuperar áreas foi oficializada pelo Decreto Municipal nº 56.901, de março deste ano, que regulamenta a elaboração de Projetos de Intervenção Urbana (PIU), os quais estão previstos no Plano Diretor Estratégico da Capital.

Para o Conselho de Desenvolvimento Local da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a nova regra facilita a desapropriação de imóveis e terrenos subutilizados para a construção de moradias, áreas para comércio e equipamentos públicos como praças e centros culturais. “A proposta é muito bem-vinda para a cidade, considerando a degradação de algumas regiões”, diz Jorge Duarte, presidente do Conselho.

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), com a nova regra, a primeira região a receber um projeto é a da Avenida Rio Branco e áreas próximas aos rios Tietê e Pinheiros, trecho compreendido pelo PIU Rio Branco. No entanto, a Pasta ainda não fala em prazos para a efetivação, até pela necessidade de, antes, disponibilizar todas as propostas à consulta pública.

Funcionalidade

A novidade traz ainda outro fator interessante: a possibilidade de intervenções que fogem de modelos convencionais. Um ponto relevante na nova dinâmica é a participação, tanto da iniciativa privada, quanto da população, nas consultas públicas para avaliar cada projeto.

Ambos aspectos são ressaltados pelo urbanista e coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes, Ênio Moro Junior.  “O que vejo é a oportunidade de se fazer um uso mais estratégico de lugares”, diz o professor. Ele cita como exemplo uma grande área que possa estar sendo usada como um estacionamento. Com um projeto de edifício, é possível dispor de mais vagas para veículos, além de espaços comerciais e áreas verdes. “O que se espera são áreas mais funcionais aos cidadãos e mais interessantes para os negócios.”

Vantagens para o comércio

Segundo o presidente do Conselho de Desenvolvimento Local da FecomercioSP, a expectativa para os setores de comércio e serviços é de oportunidades de negócios, já que as áreas carentes de imóveis agora se tornam viáveis para o empreendedor que planejava abrir um estabelecimento.

“O empresário poderá fazer uso de regiões alternativas onde os custos de se manter um negócio podem ser menos onerosos também”, argumenta Duarte. Ele frisa que a nova configuração de zoneamento pode ser ainda uma oportunidade de explorar nichos e atender regiões com carências em produtos e serviços.

De acordo com o urbanista Moro Junior, é possível esperar boas transações para o mercado imobiliário, o que também dará um fôlego ao setor da construção civil, que na Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) da FecomercioSP, de fevereiro, apresentou a maior retração entre as atividades pesquisadas, com baixa de 18,6% em seu faturamento em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Fechar (X)