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Economia

Paulistanos pretendem gastar menos com presente do Dia dos Namorados, aponta pesquisa FecomercioSP

Segundo a Entidade, valor médio do presente deve ser de R$ 197, 4,4% a menos do que no ano passado; homens pretendem presentear mais

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Paulistanos pretendem gastar menos com presente do Dia dos Namorados, aponta pesquisa FecomercioSP

Maioria dos que disseram que não presentearão nesta data está sem condições financeiras ou endividada 
(Arte: TUTU)

O consumidor paulistano pretende investir menos do que no ano passado no presente do Dia dos Namorados, é o que aponta uma sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que ouviu 1.118 consumidores da capital paulista nos dias 1º, 4 e 5 de junho. O valor médio do presente deve ser de R$ 197, recuo de 4,4% em relação a 2017, que foi de R$ 206. Os homens pretendem gastar um valor médio maior, de R$ 207, contra R$ 184 das mulheres.

A parcela de consumidores que pretendem presentear na data também caiu em relação ao ano passado. Entre os 63% dos consumidores que disseram ter namorado, esposo ou companheiro, 59% pretendem presentear – uma redução de 7 pontos porcentuais em relação a 2017. Na segmentação por gênero, 68% dos homens declararam ter intenção de presentear, enquanto no caso das mulheres, essa parcela foi de 50%.

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Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os resultados apurados mostram um comportamento mais cauteloso do consumidor neste Dia dos Namorados, motivado pelas incertezas nos cenários político e econômico, ainda que alguns indicadores estejam melhores do que há um ano, como inflação e juros. Ainda segundo o levantamento, entre os que disseram que não presentearão nessa data (37%), a maioria (52%) respondeu que está sem condições financeiras ou endividada, porcentual pouco acima do visto há um ano (49%). Outros 25% responderam que não costumam presentear em datas comemorativas; 7% disseram que estão desempregados; e para "outros motivos", o porcentual foi de 16%. Quando perguntados se comprariam o presente após o dia 12 de junho, para aproveitar uma boa promoção, 52% disseram que sim – estável em comparação a 2017.

Na dúvida entre investir no presente e quitar as dívidas, a FecomercioSP ressalta que os entrevistados parecem estar mais conscientes sobre a importância de sua saúde financeira. Segundo a sondagem, 86% responderam que quitariam uma dívida e não comprariam o presente no Dia dos Namorados. Há um ano, o porcentual foi de 84%. Nessa coleta, apenas 12% disseram que, em uma decisão entre comprar e eliminar a dívida, ficariam com a opção de presentear. Na amostra, as mulheres parecem ser ainda mais responsáveis, pois 94% responderam que quitariam a dívida, e 6% comprariam o presente.

A cautela do consumidor também é demonstrada com a busca pelo melhor preço. A maioria significativa (85%) respondeu que costuma pesquisar antes de comprar, e destes, 44% dizem que vão até três estabelecimentos; 36%, de três a seis lojas; e 17% pesquisam em mais de seis locais. Os 3% restantes não souberam responder.

Assim como no ano passado, a maioria dos consumidores realiza as compras mais próximos da data. Entre a véspera e uma semana antes, a soma dá 81%. Outros 10% costumam comprar com duas semanas de antecedência, e 6%, com prazo superior a três semanas. Os homens tendem a comprar mais na véspera do que as mulheres, 46% contra 36%.

Forma de pagamento
O pagamento à vista (cheque, dinheiro ou cartão de débito) deve liderar, com 75%. A modalidade de cartão de crédito deve ser utilizada por 24%. Entretanto, segundo a Entidade, como já é tradicional nessas sondagens, o consumidor declara ter a intenção de pagar à vista, mas, na hora da compra, acaba optando pelo cartão de crédito, com a opção de parcelar.

Os itens de vestuário, calçados e acessórios são os preferidos na hora de presentear, com 38%, seguidos por perfumes e cosméticos, com 14%. Os demais estão com menos de 10%, como joias e bijuterias, com 5%, e 4%, de um jantar romântico. O porcentual dos que não sabem é alto (21%), mas continua próximo do que foi registrado nos últimos anos.

O quadro é muito parecido quando perguntado o que o entrevistado gostaria de ganhar. Os dois itens que chamam a atenção são: telefone celular, que passa de 2% na intenção para 7% no desejo de ganhar, e viagem, que duplica de 2% para 4%.

Varejo paulista
O faturamento real do comércio varejista no Estado de São Paulo deve crescer 2,4% no mês de junho em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com as projeções da FecomercioSP. A estimativa é que as vendas atinjam R$ 52,1 bilhões, um aumento de R$ 288 milhões em comparação a junho de 2017.

Entre as nove atividades analisadas, as lojas de vestuário, tecidos e calçados são as mais beneficiadas pela data e tendem a mostrar movimento relevante mensal em junho, sendo tradicionalmente o segundo melhor mês do semestre, ficando abaixo apenas do volume de faturamento de maio, em decorrência do Dia das Mães. Neste ano, todavia, a expectativa é de que o segmento registre uma queda de 3% nas vendas em comparação ao mesmo mês de 2017.

Deverá pesar negativamente o momento de instabilidade interna a recente paralisação dos caminhoneiros, que gerou grande impacto sobre todas as atividades internas e algumas pressões de preços inesperadas sobre itens essenciais, ingredientes que certamente tem reflexo direto sobre a confiança dos consumidores, inibindo inclusive a intenção de presentear.

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