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Negócios

Pesquisa exclusiva e convidados ilustres marcam segundo dia do Fórum Panrotas na FecomercioSP

Análises apontam para cenário otimista; Olivier Anquier, Fernando Gabeira e William Waack participaram de debates

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Pesquisa exclusiva e convidados ilustres marcam segundo dia do Fórum Panrotas na FecomercioSP

Para um quarto (25,5%) dos presentes, os políticos desconhecem a importância do setor de turismo para o Brasil
(Arte/TUTU)

O segundo dia do Fórum Panrotas, um dos mais importantes eventos da indústria de turismo do Brasil, realizado em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foi marcado pela divulgação de uma pesquisa inédita promovida pelas entidades.

A sondagem aberta aos 1,25 mil participantes do evento pelo Conselho de Turismo da FecomercioSP mostrou que 91,7% dos líderes do setor esperam crescimento em relação a 2016. Desses, mais da metade (54,8%) projeta um aumento acima de 5%. Para outros 36,9%, o crescimento será de até 5%.

“A classe política e a mídia, em geral, olham para o turismo apenas como turismo de lazer”, explica a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui. “Estamos levantando informações para trazer o setor para uma linguagem mais simples, para que as pessoas possam entender seu real benefício econômico.”

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Segundo ela, entre líderes do turismo, há questionamentos acerca da consistência dos dados sobre trânsito de pessoas no Brasil, que costumam ser contraditórios entre si ou específicos de um recorte do setor. “Nossa preocupação, como Conselho de Turismo, é o reconhecimento da atividade. Por vezes, quem a faz nem se considera turista, como alguém que viaja para um tratamento médico”, explica Mariana.

Turismo e política

Sobre razões que dificultam o desenvolvimento do turismo brasileiro, a sondagem mostrou que 29,7% dos presentes acreditam que a carga tributária é o principal entrave. Para um quarto (25,5%) dos presentes, os políticos desconhecem a importância do setor. “Estamos reunindo dados econômicos do turismo porque é com essa linguagem que conquistamos a classe política”, explica Mariana.

Em entrevista ao portal FecomercioSP, a presidente do Conselho de Turismo disse também que a iniciativa pretende reunir, ao longo do ano, um grupo que represente as diferentes facetas do turismo em amostra para discutir o tema. “Nosso diferencial, como parte da FecomercioSP, está nas equipes jurídica e econômica desta Casa, que correlaciona os dados levantados com a política e economia brasileiras.”

Convidados

O segundo dia do Fórum Panrotas recebeu também convidados ilustres para discutir o futuro da economia brasileira, cenário no qual o turismo é um dos elementos-chave.

“A maioria dos eleitores não quer votar nos candidatos que conhecemos. Isso mostra um potencial de renovação muito grande”, observou o jornalista, escritor e ex-deputado federal, Fernando Gabeira. Em conversa com o jornalista William Waack, Gabeira falou sobre eleições, segurança pública e política no Brasil para os convidados do Fórum.

“Os quatro anos de Operação Lava Jato não se limitaram a desvendar um esquema de corrupção e apresentar os culpados. Eles representam também uma expectativa nacionalmente aceita de que a lei vale para todos, e têm um peso grande na confiança do brasileiro”, disse Gabeira.

Para o ex-deputado federal, o País passou por uma crise profunda que, agora, começa lentamente a ser superada, o que passa também pela instituição de um novo papel do para o Estado. “Estamos tentando desdobrar os elementos de uma nova narrativa, sobre como a sociedade vai fazer com que a lei continue valendo para todos.”

Gastronomia

O chef Olivier Anquier falou sobre a relação intrínseca entre gastronomia, turismo e afetividade. Segundo ele, vivemos em uma época em que as pessoas se comportam de forma cada vez mais individualizada, e, dessa forma, o momento de partilhar refeições ganha ainda mais importância.

Anquier falou ainda sobre a importância de compreender seu público-alvo para propor produtos autênticos, direcionados e com potencial para atrair cada vez mais consumidores. “Em época de redes sociais, não me preocupo mais com a crítica especializada. Qualquer consumidor pode tirar uma foto, escrever um pequeno relato e será lido por pelo menos 20 pessoas”, explicou.

Empresários

O CEO da CVC Corp, Luiz Eduardo Falco; o country manager da Decolar, Paulo Padula; e o diretor de Finanças da Localiza, Roberto Mendes (confirmar o nome), participaram de um painel sobre vantagens e desvantagens de atuar como uma empresa de capital aberto no setor de turismo.

“Para sua ação subir, é preciso mais gente querendo comprar que gente querendo vender. Ou seja, você está em busca de novos ‘chefes’ para sua companhia o tempo todo, que trazem consigo as cobranças da sociedade”, disse Falco, da CVC. “Quando você abre o capital, o balanço financeiro da firma fica mais robusto. Uma empresa mais robusta pode ser também mais ambiciosa: tendo aval dos investidores e o dinheiro deles, é possível levar esse valor para a sociedade como um todo.”

“O dinheiro do capital aberto é um trade off”, concordou Padula. “Você é mais cobrado pela sociedade, mas você também gera mais empregos e contribui para ela”, afirmou.

No fim do evento, houve também o lançamento de uma pesquisa exclusiva sobre tendências em viagens na América Latina, feita em parceria entre a Panrotas e a Edelman Brasil. O material pode ser acessado aqui.

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