Economia
16/03/2016Pessimismo dos comerciantes leva Índice de Expansão à nova queda
Queda de 6% em fevereiro foi motivada pela baixa na expectativa para contratação de funcionários (-11,1%)
Para a FecomercioSP, o ano será complicado, especialmente para o emprego
(Arte TUTU)
Apesar da leve melhora dos indicadores de confiança nos últimos meses, as perspectivas para a economia permanecem negativas, o que desestimula a expansão das empresas do comércio em São Paulo. Esse cenário fica claro quando se analisa os resultados do Índice de Expansão do Comércio (IEC) de fevereiro, que apresentou queda de 6% em relação a janeiro e passou de 72,1 para 67,7 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a redução foi ainda maior (-26,7%). A retração está associada ao pessimismo dos empresários com a economia atual, que leva à continuidade da redução dos quadros de funcionários e limita o investimento das empresas.
Os dados do IEC são apurados mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O subíndice Expectativas para contratação de funcionários - um dos indicadores que compõem a pesquisa - caiu 11,1% no comparativo com o mês passado e atingiu 76,2 pontos contra os 85,7 pontos contabilizados em janeiro. Na comparação anual, a queda foi de 25,5%. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a retração mensal na expectativa de contratação é explicada por fatores sazonais, já que a admissão de temporários ajudou a elevar o índice no fim de 2015, mas, logo nos primeiros meses deste ano, ele voltou a cair e a beirar os piores patamares históricos.
Já o outro componente do IEC, o Nível de investimento das empresas, aumentou 1,6% em relação a janeiro e passou de 58,4 para 59,3 pontos em fevereiro. Apesar da leve alta no mês, o patamar se manteve próximo ao menor nível da história e 28,2% abaixo do registrado em fevereiro de 2015. Para a Entidade, não se pode comemorar esse resultado único como um indício de retomada.
Ainda segundo a FecomercioSP, este ano será muito complicado, especialmente para o emprego no primeiro semestre, e a tendência nos próximos meses é de demissões. Com isso, é possível que haja redução do patamar atual do Índice de Expansão no Estado de São Paulo.
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