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Negócios

Precificação dinâmica é estratégia para otimizar vendas no e-commerce

Ferramenta monitora concorrentes em tempo real e sugere ao comerciante preços mais competitivos

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Precificação dinâmica é estratégia para otimizar vendas no e-commerce

A precificação dinâmica é uma solução que promete tornar mais competitivos o varejo do comércio eletrônico, propiciando aos lojistas manter os valores cobrados por seus produtos atualizados e compatíveis com o mercado, monitorando os preços dos concorrentes e possibilitando a troca dos valores cobrados de forma dinâmica. A proposta, baseada em um modelo desenvolvido pela norte-americana Amazon, desembarcou no Brasil por meio da Precifica, empresa cujo foco é fornecer insights em tempo real aos varejistas, através de plataforma específica. 

De acordo com o sócio-fundador da Precifica, Ricardo Ramos, a solução de precificação dinâmica tem como objetivo, através da coleta de dados e monitoramento dos concorrentes, proporcionar às empresas que atuam no segmento do comércio eletrônico, as informações para precificar uma linha de produtos específica, observando se as condições oferecidas ao cliente estão adequadas à realidade do seu mercado e se são competitivas. 
 
Com a solução de precificação dinâmica, a ferramenta monitora os preços dos sites listados como concorrentes de hora em hora e, captada alguma mudança no preço cobrado por algum desses concorrentes, a plataforma calcula o quanto a empresa que possui a precificação dinâmica pode abaixar (ou mesmo aumentar) o valor cobrado do consumidor, sempre levando em conta os limites estipulados pela própria loja online. 

Revisão e atualização de preços

“A precificação dinâmica é importante não só para alterar os preços, mas para mostrar que o preço pode ser melhorado. Se a loja hoje revê os preços de seus produtos a cada 15 ou 30 dias, durante esse intervalo os concorrentes podem aumentar muito o preço e a loja estaria cobrando valores muito abaixo do praticado pela concorrência”, exemplifica Ramos. Com isso, pode melhorar a sua margem de lucro. O mesmo também vale se o preço estiver muito acima do cobrado pelos concorrentes: conforme a margem estabelecida, pode abaixar o valor e atrair mais clientes. Para o consumidor, o principal benefício é, com o aumento da concorrência, conseguir encontrar preços mais justos e competitivos. 

Segundo o sócio da Precifica, o lojista não precisa utilizar a ferramenta em todas as linhas de produtos comercializadas. Pode aplicar em apenas um ou alguns segmentos com os quais trabalha. “Se a loja abaixar todos os preços sem saber o impacto que causará nas vendas, pode ter algum prejuízo. Temos bastante preocupação em relação a isso”, informa Ramos. Ele indica a solução para as empresas do segmento do comércio eletrônico que trabalham com “produtos de prateleira”, ou seja, que também são vendidos por outras lojas e possam ter os preços comparados na internet. “Se a marca é própria, se é algo exclusivo, não faz sentido a precificação dinâmica. Porque não tem com o que comparar”, explica. 
 
Segurança na alteração dos valores

O comerciante é quem determina as “travas de segurança”. Ou seja: o menor e o maior preço que podem ser cobrados por tais produtos, sempre considerando a margem de lucro estipulada. O objetivo desses limites é evitar acompanhar possíveis “erros” dos sites concorrentes monitorados. Além disso, há três formatos disponíveis para a alteração dos preços. 

A mudança automática, que permite à ferramenta calcular o preço adequado e modificar o valor no diretamente no próprio sistema da loja online, em tempo real; o modo manual, no qual a Precifica monitora e calcula o preço, mas não realiza a mudança no sistema da loja, apenas indicando o preço sugerido e o próprio comerciante decide se altera ou não; e, o modelo híbrido, no qual há a integração com a plataforma do comércio eletrônico e a Precifica calcula o preço adequado, após o monitoramento, e deixa a sugestão em uma área específica, aguardando a autorização do responsável pela loja, que decide se aprova a mudança ou não. “A escolha do modelo depende do grau de confiança que o varejista tem para usar a tecnologia”, comenta Ramos. 

Monitorar os concorrentes auxilia a definir estratégia 

Entre as novas soluções que propõem otimizar as vendas do e-commerce, estão ainda o monitoramento do frete cobrado pelos sites concorrentes e a análise de sortimento. Essas duas ferramentas são mais recentes: há cerca de seis meses passaram a integrar o portfolio de soluções para e-commerce da Precifica. A solução de monitoramento de frete é similar ao monitoramento de preços de produtos. O objetivo é permitir ao lojista analisar se o que está sendo cobrado é viável e compatível com o mercado. “Há lojas nas quais o produto é mais barato do que nas concorrentes, mas o frete sai mais caro. A ferramenta ajuda o comerciante a decidir o valor que julgar mais conveniente”, diz Ramos. 

Já a análise de sortimento monitora outros fatores, como o portfolio de produtos e tíquete médio gasto nos sites dos concorrentes. De acordo com o especialista da Precifica, muitas vezes uma empresa do segmento, por vender sapatos, por exemplo, acredita que sites que também vendam o mesmo tipo de mercadoria são concorrentes diretos. Porém, ao analisar os concorrentes mais de perto, pode-se verificar que tais sites alcancem públicos diferentes, com tíquete médio de compras e marcas diferentes. “Essa avaliação às vezes mostra que as lojas talvez não disputem o mesmo cliente. Com isso é possível ter uma análise mais estratégica, visando identificar quem realmente é concorrente, a penetração de certos varejistas dentro de linha de produto trabalhada, o posicionamento de preço para cada segmento e marcas etc”, pontua Ramos.

O executivo observa que qualquer empresa de comércio eletrônico pode utilizar as ferramentas, desde os grandes até os pequenos negócios. No entanto, por serem tecnologias novas, geralmente quem utiliza tais soluções são as empresas que têm área de negócios dedicada a otimização de preços ou portfolio de produtos. “Essas estão mais preparadas e prontas para esse tipo de tecnologia”, conclui. 

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