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Sustentabilidade

Produtos no pote geram lucros a pequenas e médias

Ignorando a crise, segmento chega a registrar aumento de até 300% na demanda e cumpre papel ecológico com Logística Reversa

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Produtos no pote geram lucros a pequenas e médias

Os lucros e a Logística Reversa fazem dos negócios no pote um ramo sustentável
(Arte TUTU)

Por Deisy de Assis

O comércio de pequenas porções de refeições em potes de vidro se transformou em um grande negócio para empreendedores do ramo. Com criatividade e observando as preferências do consumidor, eles aumentam as vendas, e alguns chegaram a registrar uma alta de 300% na demanda.

Foi o caso da administradora Luana Campachi, que criou a Kombi Provence, um charmoso food truck de bolos no pote. “Quando comecei, em novembro do ano passado, vendia cerca de 50 potes por dia nos pontos mais movimentados, como na Avenida Paulista. Agora, a média diária, nos mesmos locais, é de 200 potes”, diz a empreendedora, que conta com a parceria da confeiteira Monah Oliveira.

A ideia surgiu em 2010, e três anos depois, foi adquirida a Kombi. Os dois anos que seguiram foram dedicados a preparação do carro e desenvolvimentos da marca e das receitas. Inicialmente, a proposta era utilizar copinhos pequenos e sem tampa. Entretanto, se fez necessária uma solução mais prática, que veio com os potes de vidro tampados.

Com a jornalista Janaina Carrareto, a história é semelhante, com a diferença de que ela oferece no pote saladas balanceadas com verduras, legumes e grãos. O plano era apenas complementar a renda. O sucesso foi tamanho que Janaina deixou a profissão para se dedicar ao negócio batizado de Pote da Jana. “Quando as vendas engrenaram, saíam, em média, 25 saladas. Hoje chego a vender 80”, diz ela, apontando para o crescimento de aproximadamente 220% na demanda, que lhe proporciona faturamento que alcança R$ 5 mil mensais.

A empreendedora já criou mais de cem tipos de saladas e diz que foi o segredo para sua clientela não enjoar do produto. “Todas foram feitas com o aval de uma nutricionista e possuem, no máximo, 380 calorias”, explica.

Crescimento

A Salada Urbana entrou no mercado com saladas no pote em 2014, depois de um período de estudo de mercado, desenvolvimento da marca e seleção de parceiros. Segundo o diretor da companhia, Rodrigo Tadeu, a empresa cresceu cerca de 200% desde sua abertura e os planos agora são de expansão.

O diretor conta que a corporação nasceu da ideia de oferecer fast-food saudável e os consumidores manifestaram muito interesse nos produtos, o que motivou a expansão. “Estamos com tudo pronto para lançar a representação da marca em outros Estados”, afirma Tadeu, mantendo o sigilo sobre os novos locais da companhia pelo Brasil.

Logística Reversa

O sucesso nos lucros e a possibilidade de praticar a Logística Reversa fazem dos negócios no pote um ramo sustentável. A Pote da Jana, por exemplo, dá desconto aos clientes que devolvem o vidro para a higienização e a reutilização. “Percebo que os clientes só não optam pela devolução quando estão em regiões mais distantes e pedem o serviço de entrega”, diz Janaina.

Luana, da Kombi Provence, comenta sobre seu planejamento estratégico para a Logística Reversa. “Vamos implementar o ‘back to kombi’, no qual haverá um cartão de fidelidade, e a cada dez potes devolvidos, o cliente ganhará um bolo”, conta a empreendedora. Além dos benefícios ao meio ambiente, a reutilização garante economia dos R$ 2 investidos em cada vidro.

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