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Economia

Queda do PIB no terceiro trimestre mostra pouca tendência de melhoria, aponta FecomercioSP

Para a Entidade, indicador deve encerrar o ano com recuo de 3,5% e reversão do cenário depende da retomada de investimentos

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Queda do PIB no terceiro trimestre mostra pouca tendência de melhoria, aponta FecomercioSP

Recuperação deve começar a aparecer no ano que vem, porém de forma pouco expressiva, analisa a Federação
(Reprodução/FreePik)

A retração de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre do ano contra o trimestre anterior e de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado confirma a preocupação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) quanto à gravidade dos efeitos dos desajustes internos dos principais fundamentos econômicos – inicialmente enfrentados somente a partir da segunda metade de 2016. Com esse resultado, o PIB cai 4,4% no acumulado em quatro trimestres e permite à Entidade projetar queda de 3,5% no indicador em relação ao ano todo. 

Para a FecomercioSP vai demorar muito tempo para que o País possa reverter o quadro de enfraquecimento econômico. Segundo análise da assessoria técnica, o principal fator – e o mais preocupante – para esse quadro continua sendo a queda do nível de investimentos e poupança (que ocorre desde 2014). Somente a retomada efetiva de investimentos poderá gerar empregos e renda para que se reverta essa situação. 

Destaques
Houve queda de 8,4% na Formação Bruta de Capital no trimestre (contra o mesmo período de 2015) e, em quatro trimestres, adiminuição desse indicador de investimentos foi de 13,5%. Segundo análise da assessoria técnica, o ritmo dessa retração é menor do que vinha se apresentando, porém ainda é muito elevado diante da necessidade de recuperação da economia. 

O recuo, explica a Federação, se deve à reduzida poupança interna, que atinge apenas 15,1% do PIB. Em países emergentes, essa taxa varia de 25% a 30%. O setor produtivo é o que mais emprega e gera renda e, sem poupança, não há como crescer de forma sustentável. 

Outro destaque negativo foi o Consumo das Famílias, que recuou 0,6% contra o trimestre imediatamente anterior e 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Também houve retração no produto industrial, que caiu 2,9% em relação a 2015 e 1,3% na comparação com o trimestre anterior, e no setor de Serviços, que diminuiu 2,2% no comparativo com o mesmo período de 2015 e 0,6% em relação ao anterior em 2016. 

A FecomercioSP aponta que, apesar de todos os dados estarem reduzindo o grau de deterioração a cada trimestre ao longo deste ano, o final de 2016 e o início de 2017 ainda serão muito fracos. A recuperação deve começar a aparecer no ano que vem, porém de forma pouco expressiva. O estrago feito pelo desgoverno na área econômica nos últimos três anos somente deverá ser revertido em três ou quatro anos, segundo previsão da Entidade. 

Vale destacar que a Federação avaliou corretamente que o “fundo do poço” foi alcançado no meio deste ano, mas acredita que a saída efetiva da crise ainda está longe. A previsão é que a normalização do quadro de desemprego, o fator mais preocupante, só virá ao final dessa década, se tudo correr bem.

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