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Economia

Serviços paulistas cortam 124.593 empregos de fevereiro de 2016 a janeiro deste ano

Segundo a FecomercioSP, somente em janeiro foram extintos 1.498 postos de trabalho

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Serviços paulistas cortam 124.593 empregos de fevereiro de 2016 a janeiro deste ano

FecomercioSP ainda espera saldo negativo nos próximos meses, mas menor do que o visto em 2016, quando mais de 130 mil vínculos formais foram extintos no setor
(Arte/TUTU)

O setor de serviços no Estado de São Paulo ainda sofre com as oscilações da economia e, em janeiro, contabilizou o quinto saldo mensal negativo de empregos. No primeiro mês deste ano, foram eliminados 1.498 postos de trabalho, resultado de 176.131 admissões e 177.629 desligamentos. Na comparação com o mesmo mês de 2016, ainda que ambos os saldos sejam negativos, houve melhora dos números do setor. Em janeiro de 2016 foram perdidos 7.416 empregos, sendo este o maior saldo de vagas perdidas para o mês de janeiro desde que a pesquisa se iniciou, em 2008.

No acumulado de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017 houve a extinção de 124.593 postos de trabalho no setor de serviços paulista - foi a segunda vez consecutiva que o setor registrou saldo negativo já que entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016 houve uma perda de -111.766 postos de trabalho com carteira assinada. Ou seja, em dois anos (24 meses) foram eliminados 236.369 empregos no segmento de serviços no Estado.

Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Entre as 12 atividades pesquisadas apenas os serviços médicos, odontológicos e serviços sociais (1,6%) apresentaram alta no estoque de empregos na comparação entre janeiro e o mesmo mês de 2016. Já os destaques negativos foram as atividades de transporte e armazenagem (-4,7%), profissionais, científica e técnica (-3,5%) e artes, cultura e esportes (-3,4%).

No caso das ocupações, em janeiro, os condutores de veículos e operadores de equipamentos de elevação e de movimentação de cargas perderam 2.742 vagas, seguidos dos trabalhadores nos serviços de proteção e segurança, que viram sua categoria eliminar 1.025 postos de trabalho.

Segundo a FecomercioSP, mesmo com os serviços educacionais sazonalmente impactando de forma positiva o mercado de trabalho formal nos meses de janeiro, em 2017 a perda de quase 8 mil empregos formais nos serviços de transporte e de alojamento foi determinante para o saldo negativo geral. A queda da atividade econômica, com base no enfraquecimento da capacidade de consumo das famílias e redução das receitas empresariais, de acordo com a Entidade, impactam diretamente nos transportes de mercadorias e viagens.

Ainda assim, a Federação ressalta que a perda de vagas nos serviços paulista em janeiro de 2017 é mais amena que a registrada no mesmo mês de 2016 e 2015, dando pelo menos indício de que o atual ano será menos ruim em termos de saldo da movimentação do emprego formal. Ainda se espera para os doze meses um saldo negativo, mas a FecomercioSP aponta que o prejuízo será muito menor do que o visualizado em 2016, quando mais de 130 mil vínculos formais foram extintos no setor.

Capital paulista
Diferentemente do âmbito estadual, o setor de serviços da cidade de São Paulo iniciou o ano com a criação de 1.955 postos de trabalho, em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o saldo ainda é negativo em 51.016 empregos, o que representa uma redução de 1,4% do estoque total de trabalhadores.

Quatro das 12 atividades analisadas registraram perda de vagas no mês. Os maiores saldos negativos foram observados nos serviços de transporte e armazenagem (-2.060 vagas), e de alojamento e alimentação (-526 vagas). Já os destaques positivos foram os serviços de educação (2.126 vagas), médicos, odontológicos e serviços sociais (997) e profissionais, cientificas e técnicas (938 vagas).

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