Ações devem ser comunicadas aos colaboradores e também ao público externo, como fornecedores e consumidores
(Arte/TUTU)

Por Deisy de Assis e Jamille Niero

Em tempos de crise econômica, toda ação que possa reduzir as despesas de um estabelecimento é bem-vinda para o empresário. Se essas medidas forem úteis para ajudar a conservar o meio ambiente, melhor ainda.

“Vale dizer que cada solução implantada deve ser comunicada aos colaboradores e também ao público externo, como fornecedores e consumidores, a fim de que todos os atores possam se engajar e contribuir para que as práticas sejam bem aceitas e contínuas, além de replicadas nas residências de cada um”, observa a assessora do Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Cristiane Cortez.

Entre as sugestões indicadas por ela, estão algumas que visam principalmente à economia de água, como a instalação de redutores de pressão e/ou vazão nas torneiras, além de um sistema de captação e uso de água de chuva, para reaproveitamento em uso não potável (como nas descargas ou para regar plantas, por exemplo). “Ajuda a reduzir o valor da conta e também auxilia no sistema de drenagem da cidade”, explica Cristiane. Outra medida que colabora na drenagem das áreas urbanas é a instalação de telhados verdes, jardins verticais e áreas ajardinadas (permeáveis). Elas também contribuem para a melhoria do microclima – fenômeno no qual ocorre a elevação da temperatura de determinado local, diferenciando das condições climáticas da região, comum em regiões urbanas.

Já para reduzir o desperdício de outros materiais, uma opção é distribuir “squeezes” aos funcionários, para diminuir o consumo de copos descartáveis. Vale também o uso consciente de embalagens, sacolas plásticas e papéis de impressão. Nesse quesito, outra dica é permitir e estimular os clientes a devolverem itens que possam ser reciclados ou reutilizados pela própria loja, em troca de descontos ou outro benefício. “Algumas lavanderias fazem promoções para o cliente que levar de volta os cabides, evitando a reposição do item, que muitas vezes é de plástico”, exemplifica Naiara Correa, consultora especializada em estratégias de inteligência comercial.

Ela indica ainda o reaproveitamento de materiais, mas não no serviço prestado e sim na decoração da loja. Como exemplo, a transformação de caixotes de frutas em prateleiras e pneus em bancos. “É um movimento sustentável que pode deixar o lugar com um ar mais cool que agrada muitos consumidores.”

Veja abaixo as sete principais medidas que podem ser adotadas pelos lojistas: