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Economia

Setor de serviços paulistano cresce 3,6% em fevereiro continua ciclo de retomada em 2017

Segundo pesquisa da Entidade, setor faturou R$ 21 bilhões no mês, valor cerca de R$ 737 milhões superior ao alcançado em fevereiro de 2016

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Setor de serviços paulistano cresce 3,6% em fevereiro continua ciclo de retomada em 2017

Serviços de saúde estão entre as atividades que garantiram o bom desempenho do setor, com alta de 27,6% no mês
(Reprodução/FreePik)

O setor de serviços na cidade de São Paulo demonstra uma retomada do crescimento neste início de ano. Em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, o faturamento real do setor registrou alta de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mês, em termos monetários, o setor registrou um faturamento real de R$ 21,0 bilhões, cerca de R$ 737 milhões acima do valor apurado no mesmo mês do ano passado. Foi o quarto maior montante para fevereiro desde o início da série histórica, em 2010. Com o resultado apurado, o acumulado no ano ficou positivo em 2,9%, totalizando um faturamento real de R$ 48,5 bilhões.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico. O município de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.

Das 13 atividades avaliadas, apenas cinco registraram crescimento no faturamento real em fevereiro, no comparativo com o mesmo mês de 2016, e garantiram o bom desempenho do setor, com destaque para os serviços de saúde (27,6%), serviços bancários, financeiros e securitários (16,6%) e agenciamento, corretagem e intermediação (8,4%), que juntos, contribuíram com 5,6 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral. Segundo a assessoria técnica da FecomercioSP, o crescimento das receitas dos serviços relacionados à saúde continua sendo influenciado pelo aumento do desemprego, uma vez que as pessoas tentam antecipar consultas e exames que necessitam, enquanto ainda possuem convênio médico, elevando, assim, a demanda. Existe também a possibilidade do aumento da demanda em decorrência de uma nova modalidade de prestação desse tipo de serviço, que são as clínicas particulares com preços populares.

Já os piores resultados foram vistos nas atividades de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (-18,2%), técnico científico (-17,7%) e construção civil (-7,2%), que em conjunto, impactaram negativamente com 1,3 p.p. impedindo um resultado geral melhor. Para a Entidade, o setor de turismo, especificamente o de negócios (que é o tipo de turismo característico da cidade de São Paulo), foi fortemente impactado pela crise econômica do País, registrando em fevereiro, a quinta queda consecutiva nas suas receitas. Com orçamento restrito, as famílias e empresas realizaram ajustes de forma a postergar esses gastos. Além disso, com a queda do dólar, os brasileiros, de uma forma geral, voltaram a gastar mais no exterior.

De acordo com a FecomercioSP, pelo segundo mês consecutivo, o setor de serviços registrou crescimento no seu faturamento real em relação ao mesmo período do ano anterior, apontando para um processo de recuperação, depois do mais profundo e longo ciclo recessivo da atividade econômica. Os resultados negativos vêm se desacelerando desde setembro de 2016, conforme mostra o indicador acumulado em 12 meses, contribuindo também para a sinalização dessa tendência de recuperação.

Em linhas gerais, a Federação acredita que a conjuntura econômica do País começa a dar sinais de melhora, refletidos na queda da inflação e da taxa de juros, colaborando para a melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores e empresários.

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