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Economia

Setor de viagens e eventos paulista perde 1.917 vagas formais no terceiro trimestre de 2016

Segundo pesquisa da FecomercioSP, o setor de hospedagem teve a maior redução em número de vagas (-1,6%)

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Setor de viagens e eventos paulista perde 1.917 vagas formais no terceiro trimestre de 2016

O setor de hospedagem teve a maior redução em número de vagas, com queda de 1,6% e 988 postos de trabalho a menos
(Arte/TUTU)

O setor de viagens e eventos do Estado de São Paulo fechou 1.917 postos de trabalho com carteira assinada nos meses de julho, agosto e setembro de 2016. Já no mesmo período de 2015 houve geração de 1.138 empregos, assim como no segundo trimestre de 2016, quando foram criados 1.740 empregos.

Entre janeiro e setembro de 2016 são 1.621 vagas formais a menos e -7.921 no comparativo entre setembro de 2015 com o mesmo mês de 2016. Em termos de variação porcentual, o estoque ativo de empregados se reduziu em 0,7% na comparação com o segundo trimestre, 0,6% menor em relação ao estoque que iniciou 2016 e queda de 2,7% no comparativo com o mercado de trabalho existente no fim de setembro de 2015, o que totalizou 281.130 trabalhadores formais.

Os números são da Pesquisa de Emprego do Setor de Viagens e Eventos (PESVE) baseada nos dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho).

Entre as seis atividades analisadas, as únicas altas no terceiro trimestre foram vistas nos setores de alimentação, com crescimento de 0,4% e mais 264 vagas, e agências e operadoras de viagens, com 0,5% e 114 novas vagas.

Por outro lado, o setor de hospedagem teve a maior redução em número de vagas, caiu 1,6% e registrou 988 postos de trabalho a menos. Em segundo lugar, o setor de transporte recuou 0,8% e perdeu 971 empregos formais.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o resultado do terceiro trimestre de 2016 demonstra o quanto o setor de viagens e turismo ainda sente os efeitos da crise. Há permanência na perda de vagas dos setores de transportes e hospedagem, principalmente devido à redução de viagens, e diminuição do desempenho positivo do setor alimentício, o qual cresceu razoavelmente no primeiro semestre e se manteve cauteloso na primeira metade do segundo semestre.

A Federação ressalta que o setor de viagens e eventos no Estado de São Paulo está diretamente relacionado ao segmento corporativo e mantém alta dependência do ambiente de negócios, que proporciona mais facilidade de acesso a investimentos. De acordo com a Entidade, infelizmente a melhoria desses cenários não se consolidou como realidade em 2016.

Regiões paulistas
Segundo a pesquisa, entre as Regiões Turísticas (RTs) do Estado de São Paulo, a capital paulista abriga mais de 37,5% da mão de obra do setor de viagens. As regiões Bem Viver (que abrange as cidades de Águas de Lindóia, Americana, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Cabreúva, Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Limeira, Lindoia, Louveira, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Nazaré Paulista, Pedreira, Piracaia, Santa Bárbara d'Oeste, Serra Negra e Socorro) e Alto Tietê (formada por Biritiba Mirim, Guarulhos, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Santa Isabel) também se destacam, com 11,9% e 6,9%, respectivamente.

Na análise por Macro Regiões Turísticas (MRTs), 52,6% da mão de obra do setor de viagens e eventos do Estado está empregada na capital e Região Metropolitana. Já a MRT Entradas e Bandeiras (composta por Águas de Lindóia, Americana, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Cabreúva, Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinú, Joanópolis, Jundiaí, Limeira, Lindoia, Louveira, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Nazaré Paulista, Pedreira, Piracaia, Santa Bárbara d'Oeste, Serra Negra, Socorro, Águas da Prata, Caconde, Casa Branca, Espírito Santo do Pinhal, Fernandópolis, Mococa, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, Tambaú, Araras, Holambra, Itapira, Mogi Mirim, Águas de São Pedro, Analândia, Brotas, Itirapina, Piracicaba, Rio Claro, São Pedro, São Roque e Torrinha), possui 13,7% dos trabalhadores ligados diretamente à demanda turística.

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