Sindicatos
30/05/2025Simpósio em Bebedouro discute inovação e futuro do comércio local
Evento promovido pelo Sincomercio Bebedouro com o apoio da FecomercioSP trouxe reflexões sobre negociações coletivas, transformação digital e futuro do varejo

Com o objetivo de traçar os principais caminhos para fortalecer os negócios diante das transformações do varejo, o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio) de Bebedouro promoveu o Simpósio Inovação e Futuro do Comércio Local. O evento, que contou com o apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ocorreu no Senac Bebedouro, no dia 20 de maio, com a participação de empresários e profissionais da área contábil.
O evento ressaltou o papel da FecomercioSP e dos sindicatos filiados, como o Sincomercio Bebedouro, como parceiros estratégicos na modernização e na competitividade do Comércio. “Dessa forma, o evento reforçou a importância de uma atuação conjunta para transformar os desafios em oportunidades”, ressaltou Manoel Vasco, presidente do Sincomercio Bebedouro.
A programação foi estruturada em painéis temáticos, que trouxeram análises práticas e atualizadas sobre os impasses do setor, além de tendências que devem nortear os próximos anos. Tecnologia e marketing digital estiveram no centro dos debates. Gabriel Alves, CEO da Spark Comunicação e Marketing, explicou o uso da Inteligência Artificial (IA) no Comércio e suas aplicações no aumento das vendas.
O tema Convenção Coletiva 2025, com abordagem sobre as novas regras e os benefícios ficou por conta do assessor jurídico do Sincomercio de Bebedouro e da Câmara de Dirigentes Lojistas, Luciano Oliveira. Já o advogado e contador Elcio Ghioto apresentou estratégias para a otimização tributária e os impactos da Reforma Trabalhista, com foco na rentabilidade empresarial. Outro tema de painel foi sobre telemedicina, conduzido pelo médico e proprietário da Consultei MED, Thiago Nunes Teixeira da Costa.
O consumidor mudou... mas e o varejo?
A palestra de Kelly Carvalho, assessora econômica da FecomercioSP, apresentou dados e estratégias acerca do comportamento do consumidor e da transformação digital no varejo. “O tempo entre uma tendência e sua adoção ficou mais curto. Inovar deixou de ser um diferencial e passou a ser requisito de sobrevivência. Em 2025, quem não estruturou a sua presença digital perdeu espaço”, afirmou.
Segundo Kelly, o consumidor atual é mais exigente, hiperconectado e imediatista. “Sete em cada dez brasileiros comparam preços pelo celular dentro da loja física”, citou, com base em dados da E-bit/Nielsen. Além disso, 84% dos consumidores esperam que as marcas entendam as suas necessidades individuais, ao passo que a geração Z prefere marcas com posicionamento claro em causas sociais e ambientais (dados: Salesforce e McKinsey).
A assessora ainda defendeu que, mesmo com orçamento enxuto do varejo, é possível modernizar o negócio com ferramentas acessíveis, como WhatsApp Business, com catálogo digital e links de pagamento e marketplaces. Kelly também reforçou que as empresas precisam investir em omnichannel, ou seja, integração fluida entre loja física, site, aplicativo e redes sociais.
Representatividade que fortalece o empresário
A convenção coletiva do próximo ano também teve um painel específico, com orientações práticas para que o empresário esteja preparado para as negociações e as adaptações necessárias.
Paulo Igor Alves de Souza, assessor jurídico da FecomercioSP, mostrou o sistema de representação patronal e a atuação dos sindicatos nos temas jurídicos e políticos que afetam diretamente os negócios. Ele explicou que os sindicatos patronais, como o Sincomercio Bebedouro, são os únicos representantes legais das empresas nas negociações de normas coletivas com os sindicatos laborais, conforme prevê o artigo 8º da Constituição Federal. “Essa representação vai além da negociação salarial. A entidade também atua ao lado do Poder Público, com propostas e ações para melhorar o ambiente de negócios”, afirmou.
A FecomercioSP, por exemplo, realiza esse trabalho em diversas frentes, como a defesa da modernização do Estado, o aumento do limite de faturamento do MEI, a regulamentação da IA e a segurança jurídica no País. “São temas que parecem distantes, mas afetam o dia a dia do empresário. Estamos falando de decisões que interferem na competitividade dos setores de Comércio e Serviços”, pontuou Souza.
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