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Economia

Tarifas de água e esgoto sobem 41,9% e pressionam custo de vida na Região Metropolitana em maio

De acordo com a Entidade, custo de vida subiu 0,86% no mês, impactado principalmente pela alta de 4,01% nos preços do grupo Habitação

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Tarifas de água e esgoto sobem 41,9% e pressionam custo de vida na Região Metropolitana em maio

O segmento de Habitação (4,01%) respondeu por 78% da alta geral observada no mês
(Arte TUTU)

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo subiu 0,86% em maio, na comparação com abril, impulsionado pelo aumento dos preços do grupo habitação, responsável por 78% da alta observada no mês. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi de 10,26%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

O segmento de Habitação (4,01%) respondeu por 78% da alta geral observada no mês refletindo o reajuste nas tarifas de água e esgoto. No acumulado dos últimos doze meses, o acréscimo foi de 12,77%. 

O segundo grupo que mais colaborou para a subida do custo de vida em maio foi Saúde (1,65%), que, no acumulado em doze meses, apresentou alta de 12,98% - a maior entre todas as atividades avaliadas pelo CVCS. No mês, os grupos Despesas Pessoais (2,48%), Artigos do Lar (1,82%), Vestuário (1,11%), Alimentação e Bebidas (0,16%) e Educação (0,03%) também registraram aumento. Dos nove grupos que compõem a pesquisa CVCS, apenas Transporte (-1,65%) apresentou queda em maio. Já a atividade de Comunicação não mostrou variação no mês. 

As classes E e D foram as que mais sentiram os aumentos nos preços, com altas de 1,43% e 1,35% no custo de vida, respectivamente. Já a classe C registrou o terceiro maior aumento, com 0,86%. Por outro lado, as classes A e B sofreram menos e apresentaram elevação de 0,84% e 0,65%, respectivamente. 

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, nos cinco primeiros meses do ano, os preços no varejo paulistano mantiveram a tendência de alta, porém, apesar de virem de uma trajetória persistente de variações positivas, em comparação a 2015, estes já sinalizam alguma tendência de desaceleração, visto que as variações do ano anterior foram bem mais contundentes. 

IPV

Pelo 21º mês consecutivo, o Índice de Preços no Varejo (IPV) registrou alta, com elevação de 0,34% em maio ante 1,04% de abril. Em 12 meses, o índice acumula aumento de 10,28%. Pelo segundo mês consecutivo, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (2,07%) foi o maior responsável pela alta observada em maio. 

O reajuste dos medicamentos e nos produtos farmacêuticos foi preponderante para o aumento do segmento. Os produtos farmacêuticos se elevaram em 2,75%, com destaque para as altas em Oftalmológico (5,81%), Gastroprotetor (4,99%), Antialérgico e broncodilatador (3,9%), Hormônio (3,55%), Dermatológico (3,25%), Psicotrópico e anorexígeno (2,81%) e Analgésico e antitérmico (2,6%). O subgrupo de Higiene pessoal subiu 0,92%. 

O segundo maior impacto foi registrado no grupo de Despesas Pessoais, cujos preços cresceram 6,32% em relação a abril, devido ao reajuste nos preços do cigarro.  No acumulado em 12 meses, o grupo apresentou elevação de 15,82% - a maior entre todos os segmentos avaliados pelo IPV. Outros cinco grupos do IPV também encerraram o mês com variação positiva em seus preços: Artigos do Lar (1,98%), Vestuário (1,11%) e Educação (0,45%). Os segmentos de Transportes (-1,85%) e Alimentação e Bebidas (-0,07%) foram os únicos que apresentaram retração em maio. 

A classe A foi a que mais sentiu a alta nos preços dos produtos em maio, encerrando o mês com elevação de 0,60%% do IPV, seguida pelas classes D e E com aumentos de 0,58% e 0,53%, respectivamente.  Já as classes B e C apresentaram as menores variações, de 0,25% e 0,34%, respectivamente. 

IPS

O Índice de Preços de Serviços (IPS) registrou aumento de 1,40% em maio. Já no acumulado dos últimos 12 doze meses, o IPS apresentou alta de 10,23%. Os grupos Habitação (5,13%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,11%) foram os que mais impactaram na elevação dos preços de serviços em maio. Em Habitação, o destaque foi o reajuste na taxa de água e esgoto (41,90%), seguida pela elevação da energia elétrica residencial (2,02%). Em contrapartida, os serviços de Transporte (-1,31%) e Artigos do Lar (-0,25%) foram os únicos que apresentaram quedas no mês. 

As famílias das classes E e D foram as que mais sentiram as altas dos preços de serviços em maio (2,80% e 2,49%, respectivamente). Por outro lado, as classes A e B foram as que menos sofreram com o avanço dos preços de serviços, com altas, respectivamente, de 1,05% e 1,01% no mês. 

Para os próximos meses, a FecomercioSP projeta  que, com a queda das temperaturas e a ocorrência de chuvas em algumas regiões produtoras, é provável que os preços dos alimentos aumentem, já que o clima tende a  afetar a safra de alguns produtos e a produtividade  da agropecuária de corte e leite. Com isso, a Entidade acredita que ao menos cerca de um quarto do orçamento das famílias paulistanas deve ser pressionado, tendo em vista a representatividade deste grupo.

Além desses fatores, a Federação pondera que o consumidor ainda sofre com um cenário político ainda instável, queda da atividade econômica, além da diminuição da renda disponível por conta do aumento do desemprego e da alta nas taxas de juros.

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