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Sustentabilidade

Uso de lâmpadas de LED reduz gastos com manutenção e conta de energia elétrica

Prédio comercial paulistano investiu R$ 7 mil na troca da iluminação e economizou até 50% na conta de energia elétrica

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Uso de lâmpadas de LED reduz gastos com manutenção e conta de energia elétrica

Consumidor precisa estar atento na hora da aquisição da lâmpada e verificar se é um produto de qualidade e de procedência legal, alerta especialista
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

A possibilidade de economizar na conta de energia foi o que motivou a decisão de trocar as lâmpadas convencionais pelas de LED do prédio comercial The New York Tower, na Vila Mariana, capital paulista. O edifício, que reúne 150 salas comerciais, investiu cerca de R$ 7 mil na substituição das lâmpadas em todos os andares, recepção, garagens e escadas – incluindo as de emergência.

Segundo o síndico do condomínio, o advogado Adriano Catanoce Gandur, a troca foi feita de forma gradual, em um andar por mês, no ano passado. A substituição veio a calhar com a adoção do sistema de bandeiras tarifárias na cobrança da conta de luz, com acréscimo de até R$ 3,00 a cada 100 kWh gasto (de acordo com a situação da geração de energia no País). “Chegamos a ter 50% de economia na conta do condomínio. É bastante. Tanto é que amortizamos todo esse aumento que teve (com as bandeiras tarifárias) com o investimento feito”, relata.

Com a mudança no modelo da lâmpada, o condomínio instalou temporizadores nas luzes da garagem, que passaram a acender apenas quando alguém está no local, já que os sensores captam o movimento e iluminam somente esse espaço. Gandur conta ainda que o uso das lâmpadas de LED diminuiu a manutenção com trocas. “Tínhamos uma sala aqui no prédio que era um depósito de lâmpadas, já que a troca era constante. Tudo isso parou”.

De acordo com Wagner Cunha Carvalho, diretor da W-Energy (empresa que fez a troca da iluminação do prédio), a adesão às lâmpadas de LED colaboram também com o sistema de climatização, pois aquecem menos o ambiente, exigindo menos “esforço” do ar-condicionado.

“Outra vantagem é o ganho na qualidade de energia, já que o LED possui alto fator de potência”, alega Carvalho. Segundo ele, o consumo desse modelo de lâmpada é em média 80% mais eficiente do que os demais, apesar de o custo dela para o consumidor ser até nove vezes mais caro do que outros tipos. “Mas em muitas vezes o investimento se paga no médio ou longo prazo”. A dica é sempre pesquisar os preços, que podem variar até 30% conforme o fornecedor, aponta o especialista.

Outro ponto que o consumidor precisa estar atento na hora da aquisição da lâmpada é se é um produto de qualidade e de procedência legal. “Precisa ter o cuidado de comprar um produto que não seja importado ilegalmente, certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) com o selo do PROCEL na embalagem. Só vale a pena substituir por um item de qualidade, que costuma ter até três anos de garantia do fabricante”, alerta Cristiane Cortez, assessora do Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Ainda são necessários cuidados no descarte das lâmpadas que não serão mais usadas. No caso da troca no prédio The New York Tower, a empresa que fez a substituição usou um sistema chamado “papa-lâmpadas”, no qual as peças são colocadas num triturador que utiliza um tipo de aspirador para separar as partículas de vidro e mercúrio. “O vidro foi encaminhado parte para empresas que o usam para fabricar tintas refletivas de placas de trânsito e a outra parte para empresas de cerâmica. O mercúrio foi para uma cápsula para não contaminar o ambiente”, explica Carvalho, da W-Energy.

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