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Economia

Varejo brasileiro cresce em julho, mas resultado ainda preocupa

Apesar do desempenho positivo, famílias têm dificuldade em aumentar nível de consumo em decorrência do elevado desemprego e dos aumentos do endividamento e da inadimplência

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Varejo brasileiro cresce em julho, mas resultado ainda preocupa

Desempenho positivo foi causado principalmente pelo setor automotivo, que cresceu 16,9% em julho
(Arte: TUTU)

O comércio varejista ampliado, composto também por veículos e material de construção, cresceu 3% em julho em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo aponta a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, a alta está em 5,4%.

O desempenho positivo foi causado principalmente pelo setor automotivo, que cresceu 16,9% em julho e somou 3,5 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral. Apesar da variação expressiva, o patamar de vendas para o mês foi 27% abaixo do registrado no mesmo período de 2012, considerado o melhor mês para o setor da série.

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O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico – um dos poucos setores que não sofreu tanto diante da crise – teve alta de 4,7% em julho. Supermercados e farmácias, setores considerados básicos da economia, mantiveram a tendência de alta no volume de vendas de 1,4% e 5,5%, respectivamente.

Varejo restrito
Ao analisar somente o varejo restrito – que exclui veículos e materiais de construção –, houve queda de 1% no contraponto anual, e o destaque negativo, em julho, ficou por conta do setor de combustíveis e lubrificantes, com queda de 9,2%.

Na sequência, vieram os setores de vestuário e de móveis e eletrodomésticos. As variações respectivas foram de -8,4% e -6,9%, com contribuição de um ponto porcentual negativo no total.

De acordo com a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o resultado preocupa porque as famílias estão com dificuldade de aumentar o nível de consumo em razão do grau elevado de desemprego, o que refletiu no aumento do endividamento e da inadimplência.

A Entidade entende que não há perspectivas positivas pelo lado da oferta, pois os empresários estão preocupados com a indefinição eleitoral (pelo mesmo até outubro) e aguardam a definição do cenário político para voltar a investir. A possível recuperação das vendas depende obrigatoriamente da volta dos investimentos e da geração de emprego.

Portanto, o resultado de julho vem ao encontro do que os indicadores antecedentes de consumo da FecomercioSP apontavam, e enquanto as incertezas políticas persistirem, o quadro será o mesmo.

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