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Economia

Varejo paulista gera empregos formais pelo segundo mês consecutivo, fato que não ocorria desde 2014

Segundo pesquisa da Entidade, comércio varejista criou 7.235 postos de trabalho em agosto, resultado de 71.908 admissões e 64.673 desligamentos

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Varejo paulista gera empregos formais pelo segundo mês consecutivo, fato que não ocorria desde 2014

Mesmo com o saldo positivo, apenas as farmácias e perfumarias e os supermercados tiveram alta no número total de empregos na comparação com 2015
(Reprodução/FreePik)

Dando seguimento ao aumento registrado em julho, o comércio varejista do Estado de São Paulo gerou novos empregos em agosto, o que pode ser um esboço da recuperação do mercado de trabalho varejista paulista - desde outubro e novembro de 2014, que o varejo não registrava dois saldos positivos consecutivos. Em agosto, o varejo paulista criou 7.235 empregos, resultado de 71.908 admissões e 64.673 desligamentos. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.071.063 no mês, redução de 3,1% na comparação com agosto de 2015.

Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a abertura de postos de trabalho pelo comércio varejista em agosto é uma tendência histórica, motivada pelo baixo número de desligamentos, já que o mês antecede a data-base da negociação coletiva do setor. Segundo artigo 9° da Lei Federal 7.238/14, todo empregado dispensado sem justa causa no período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal. Ou seja, os demitidos sem justa causa, maioria neste momento de crise econômica, possuem direito à indenização, já que a data-base do setor é 1° de setembro. Este aumento de custo à dispensa, segundo a Entidade, desestimula o empresário do varejo demitir sem justa causa e, por isso, os 64.673 desligamentos em agosto é o segundo menor patamar mensal desde o início da série histórica da pesquisa, em 2007.

Mesmo com o saldo positivo em agosto, apenas duas das nove atividades pesquisadas apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015: farmácias e perfumarias (1,9%) e supermercados (0,3%). Os destaques negativos foram os setores de concessionárias de veículos (-7,3%), lojas de móveis e decoração (-7,2%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,9%).

Com relação aos dados por ocupações, as funções que abriram mais vagas no mês foram as de vendedores e demonstradores (3.657 postos de trabalho), seguidos por caixas, bilheteiros e afins (958 vagas). Em doze meses, o cargo que mais perdeu vagas foi também o de vendedores e demonstradores, com -13.265 vagas seguido pelos escriturários em geral com o fechamento de 7.413 postos de trabalho. Quase 25% dos empregos perdidos nos últimos doze meses eram ocupados por trabalhadores com nível de liderança do quadro funcional, como gerentes, supervisores e diretores.

Segundo a FecomercioSP, mesmo que o saldo positivo de agosto seja influenciado pela sazonalidade fixa da data-base da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da necessidade de redução de custos por parte das empresas, o saldo de agosto é bem superior ao visualizado no mesmo período de 2015, quando se atingiu o pior patamar de criação de vagas para o mês desde 2007.

Com isso, a Federação pondera que a geração de empregos celetistas se mostra em recuperação em relação ao ano passado e consolida-se no segundo mês consecutivo. Outra boa notícia é que se verificou o maior nível de admissões desde março deste ano (71.908 contratações). Para a Entidade, essas são tendências positivas resultantes de uma melhoria na conjuntura econômica, muito atrelada a melhores expectativas de consumidores e empresários em relação ao futuro. A redução de incertezas, recuperação dos indicadores de confiança e de vendas do varejo reverteram o sentido do mercado de trabalho, deficitário até junho e superavitário em julho e agosto.

Segundo a FecomercioSP, são bons sinais aos últimos meses do ano, inclusive para contratações de empregados temporários para o Natal.

Varejo paulistano
O comércio varejista da capital paulista encerrou agosto com 648.682 empregados, após a criação de 2.327 postos de trabalho com carteira assinada ao longo do mês, resultado de 22.954 admissões e 20.627 desligamentos. O saldo dos oito meses do ano foi negativo, em 13.435 empregos e no acumulado dos últimos 12 meses foram eliminados 18.510 postos de trabalho - o que levou à redução de 2,8% do estoque total na comparação com agosto de 2015.

Das nove atividades pesquisadas, apenas as que comercializam bens essenciais registraram aumento no estoque de trabalhadores em relação a agosto de 2015: farmácias e perfumarias (2,1%) e os supermercados (1%). As maiores retrações foram registradas nas concessionárias de veículos (-7,8%), lojas de móveis e decoração (-6,8%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,7%).

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