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Economia

Varejo paulista volta a cortar vagas em setembro, mas perda é 75% menor que em 2015

Segundo pesquisa da FecomercioSP, comércio varejista fechou 2.004 postos de trabalho no mês

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Varejo paulista volta a cortar vagas em setembro, mas perda é 75% menor que em 2015

Lojas de vestuário, tecidos e calçados estão entre as atividades que mais reduziram o número total de empregos na comparação com 2015
(Arte/TUTU)

Interrompendo dois meses consecutivos de geração de empregos, o comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a eliminar postos de trabalho em setembro. No mês, foram extintos 2.004 empregos, resultado de 68.604 admissões e 70.608 desligamentos. Ainda assim, observa-se em setembro, saldo negativo 75% mais ameno em relação à perda do mesmo mês de 2015, quando foram perdidos 7.968 postos com carteira assinada. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.069.059 no mês, redução de 2,8% na comparação com setembro de 2016.

Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, os saldos positivos de empregos registrados nos meses de julho e agosto foram motivados mais pela redução no número de desligamentos do que pelo aumento das admissões. Seja por um quadro de menores incertezas, que aos poucos diminui o pessimismo dos empregadores - ou por uma questão sazonal devido à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em agosto - observa-se uma tendência menor de desligamentos, agora mais próxima às admissões. Por isso, essa tendência de saldos pequenos, sejam eles positivos ou negativos, só deve ser alterada em novembro e dezembro devido à sazonalidade do Natal.

Sete das nove atividades pesquisadas apresentaram queda no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015, sendo os piores desempenhos registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-6,8%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,7%) e lojas de móveis e decoração (-6,6%). Em contrapartida, apenas as atividades de farmácias e perfumarias (2,1%) e supermercados (0,4%) geraram empregos na mesma base de comparação.

Com relação aos dados por ocupações, todas as funções eliminaram vagas no mês, com destaque para gerentes de produção e operadores, que viram sua categoria encolher em -527 postos de trabalho, seguidos pelos vendedores e demonstradores (-509 vagas). Em 12 meses, o cargo que mais perdeu vagas foi o de vendedores e demonstradores (-11.273 vagas). O segundo maior saldo negativo de vagas é o de escriturários, com - 6.562 postos de trabalho.

Segundo a FecomercioSP, para outubro é esperado outro pequeno saldo de empregos formais, com vertente mais positiva. Para novembro, devido à contratação de temporários, o saldo deverá ser positivo e sensivelmente superior ao registrado em 2015. A expectativa da Federação é de que aproximadamente 20 mil empregos temporários serão gerados pelo varejo do Estado de São Paulo. De toda forma, o crescimento mais sustentado do emprego no comércio varejista nos próximos meses dependerá de uma melhoria efetiva das variáveis renda dos consumidores, juros e continuidade do crescimento dos indicadores de confiança dos agentes.

Varejo paulistano
O comércio varejista da capital paulista encerrou setembro com 647.218 empregados, após a extinção de 1.464 postos de trabalho com carteira assinada ao longo do mês, resultado de 21.407 admissões e 22.871 desligamentos. O saldo dos nove meses do ano também foi negativo, em 14.899 empregos e no acumulado dos últimos 12 meses foram eliminados 17.208 postos de trabalho - o que levou à redução de 2,6% do estoque total na comparação com setembro de 2015.

Das nove atividades pesquisadas, apenas as que comercializam bens essenciais registraram aumento no estoque de trabalhadores em relação a setembro de 2015: farmácias e perfumarias (2,4%) e os supermercados (1%). As maiores retrações foram registradas nas concessionárias de veículos (-7,4%), lojas de móveis e decoração (-6,6%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,5%).

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