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Economia

Vendas para o Dia das Mães recuaram 1,2% em 2015, apontam FecomercioSP e Boa Vista SCPC

Em valores, o recuo representa uma perda de R$ 7 bilhões em relação ao ano passado

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Vendas para o Dia das Mães recuaram 1,2% em 2015, apontam FecomercioSP e Boa Vista SCPC

Dados da Boa Vista SCPC mostram que, em 2015, as vendas do comércio brasileiro no Dia das Mães recuaram 1,2% quando comparadas a 2014. É o primeiro recuo das vendas para a data desde 2008, quando o indicador foi criado, e provavelmente o pior desempenho para o período desde 1990, quando a economia sofria os impactos do bloqueio da poupança promovido pelo Plano Collor. Em faturamento, o recuo representa uma perda de R$ 7 bilhões em relação ao ano passado, de acordo com levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Para a apuração do faturamento, foram consideradas não apenas as consultas à Boa Vista SCPC (aproximação para o número de vendas), mas também a queda do valor médio do presente - de R$ 65 para R$ 57 entre 2014 e 2015, segundo sondagem elaborada pela FecomercioSP. Ante recuos das vendas e do valor do presente, estima-se que a queda do faturamento real do comércio brasileiro no período possa ter chegado a 19%.
 
O resultado apenas confirma o cenário já antecipado pelas Entidades. A inflação elevada, os juros altos e a piora no mercado de trabalho derrubaram a confiança do consumidor para o menor nível em 12 anos. A menor confiança vem se traduzindo em um comportamento mais cauteloso por parte do consumidor, que compra menos e evita novas dívidas. No Dia das Mães, isso levou não só a um recuo das vendas, mas a uma expressiva queda do valor médio dos presentes e, consequentemente, do faturamento do comércio.
 
O movimento das vendas no Dia das Mães, portanto, segue a tendência de desaceleração do varejo como um todo e antecipa um ano de menor crescimento para o comércio. Diante do cenário econômico incerto, do desaquecimento no mercado de trabalho e da perda de poder aquisitivo dos consumidores, uma retomada da confiança ainda parece distante, comprometendo, assim, a economia e as vendas do varejo em 2015.

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