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Economia

Baixo consumo faz crescer parcela de empresários com estoques altos em julho

Empresariado deve ter cuidado, uma vez que a diferença entre estoques altos e baixos está crescendo, e isso indica falta de escoamento das mercadorias

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Baixo consumo faz crescer parcela de empresários com estoques altos em julho

Proporção de empresários do varejo na cidade de São Paulo com excesso de mercadorias nas prateleiras atingiu 33,3%, o maior patamar desde abril de 2017
(Arte: TUTU)

O cenário de vendas mais fracas que o esperado deve perdurar até que as eleições de outubro de 2018 dissipem as incertezas políticas e econômicas e tragam mais segurança aos empresários, investidores e consumidores brasileiros. Pelo menos até lá, é prudente ter como estratégia para os próximos três meses cautela na definição das metas de vendas e, portanto, na aquisição de mercadorias.

A expectativa de que o primeiro trimestre do ano seria um período de recuperação econômica não se consolidou. O desempenho ficou abaixo do esperado e o tão esperado ajuste “definitivo” dos estoques ficou descartado para o primeiro semestre. Somam-se a isso os problemas de desabastecimento enfrentados no fim de maio com a greve dos caminhoneiros e as quedas na confiança do consumidor e do empresário do comércio, captadas pelo ICC e ICEC.

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Essa instabilidade fica evidente no Índice de Estoques (IE), medido mensalmente pela Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse indicador – que tem se mostrado mais resistente e demorado a reagir à recuperação já em curso na economia desde 2017 –, caiu em julho pelo terceiro mês consecutivo, ao alcançar 105 pontos, retração de 1,9% com relação a junho.

O IE mostra que a proporção de empresários do varejo na cidade de São Paulo que declarou ter excesso de mercadorias nas prateleiras subiu na comparação mensal para 33,3%, o maior patamar desde abril de 2017. O número de empreendedores que considera ter estoques baixos avançou um pouco e hoje está em 14%.

A FecomercioSP afirma que esses números continuam a ensejar muitos cuidados na formação de estoques, dado que, em média, a diferença entre estoques altos e baixos está crescendo, e isso indica que não há o escoamento desejado das mercadorias.

No geral, 52,2% dos empresários consideram seus estoques adequados em julho, e para que os estoques elevados caiam ao patamar histórico de menos de 25%, seria necessária mais uma rodada de otimismo e crescimento acelerado das vendas, algo que não parece provável diante dos problemas e incertezas que o País enfrenta.

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