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Economia

Carta de Conjuntura do CSESP: tarifas de Trump ameaçam Brasil pelos juros, não pelo mercado

Após quase um mês da imposição de tarifas sobre boa parte dos países ocidentais, incluindo o Brasil, o principal risco à economia nacional não está nas medidas em si, mas nos efeitos que estas terão nos Estados Unidos

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Carta de Conjuntura do CSESP: tarifas de Trump ameaçam Brasil pelos juros, não pelo mercado
A crise global iniciada pela guerra comercial de Trump abriu uma brecha para a desaceleração da inflação no cenário interno, à medida em que os custos mais altos para entrar no mercado estadunidense não impactaram no mercado do país (Arte: FecomercioSP)

Após quase um mês da imposição de tarifas sobre boa parte dos países ocidentais, incluindo o Brasil, cujos produtos entram nos Estados Unidos após pagar uma taxa de 10%, o principal risco à economia brasileira não está nas medidas em si, mas nos efeitos que elas terão nos EUA.

Segundo a Carta de Conjuntura de abril do Conselho Superior de Economia, Sociologia e Política (CSESP), da FecomercioSP, é esperado que o Banco Central do país, o FED, aumente os juros básicos da economia estadunidense como forma de conter a provável escalada dos preços nos próximos meses -- além do alto déficit fiscal e da desconfiança crescente sobre o dólar. 

Isso deverá pressionar o real, que já tem sido volátil por causa das incertezas fiscais internas, A consequência disso é que ficará mais caro às empresas brasileiras investirem em projetos, sejam antigos ou futuros. Em alguns casos, até a viabilidade deles pode ser colocada em xeque. 

Se a isso se somar o medo cada vez maior de que novos investimentos globais em infraestrutura paralisem, seria uma péssima notícia para um país emergente como o Brasil.

Para o CSESP, por outro lado, a crise global iniciada pela guerra comercial de Trump abriu uma brecha para a desaceleração da inflação no cenário interno, à medida em que os custos mais altos para entrar no mercado estadunidense não impactaram no mercado do país. Os boletins de projeções têm diminuído, inclusive, suas projeções para o acumulado da inflação de 2025.

A Carta de Conjuntura de abril ainda explora como o estímulo à demanda do governo brasileiro, com a concessão de novos fundos, programas e iniciativas, tende a manter a taxa básica de juros, a Selic, alta por mais tempo. Isso tem feito o empresariado e os consumidores ficarem mais céticos quanto ao futuro de médio prazo. Clique aqui e confira a edição na íntegra.

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